Sidrolandia
Avanços na indústria do biodiesel será tema de workshop internacional no ISI Biomassa
Para o Workshop, a área técnica do ISI Biomassa selecionou outros sete diferentes temas para demonstrar oportunidades e formas de atuação para promover a competitividade da indústria brasileira, se valendo da transferência de conhecimento, investigação e inovação aplicada.
Daniel Pedra/Fiems
21 de Fevereiro de 2018 - 14:08
A primeira usina de biodiesel do Brasil começou a funcionar em 2005 em Belém (PA), quando a empresa Agropalma investiu R$ 4 milhões para construi-la, iniciando os trabalhos com capacidade total de produção de 8 milhões de litros de óleo por ano. Desde então, muito se tem apostado no biodiesel como alternativa aos combustíveis fósseis, por serem produzidos de forma mais simples e se adaptarem mais facilmente aos motores já existentes.
Na avaliação do engenheiro químico com mestrado e doutorado na UFRJ e pós-doutorado em Massachusets (EUA), Donato Aranda, essa é uma vantagem do biodiesel sobre o etanol. “Qualquer veículo diesel pode utilizar biodiesel. Essa é uma vantagem importante. Além disso, o biodiesel possui quase o dobro do poder calorífico do etanol. É uma forma mais eficiente de utilização da energia solar via fotossíntese”, afirmou.
Entusiasta do biodiesel, Donato Aranda é um dos palestrantes do “Workshop Internacional de Inovação em Biomassa”, que será promovido pelo Instituto Senai de Inovação em Biomassa (ISI Biomassa), nos dias 14 e 15 de março, para apresentar a estrutura do espaço, localizado em Três Lagoas (MS), a potenciais clientes e instituições de ensino e pesquisa parcerias. Com a palestra “Avanços Recentes na Indústria do Biodiesel”, o pesquisador irá mostrar que, apesar de ter menos de 13 anos que a primeira fábrica de biodiesel foi inaugurada no Brasil, muitos avanços foram alcançados, resultando numa competitividade do biodiesel com o diesel.
Ele ainda elogiou a realização do workshop, destacando que o evento será um ótimo ambiente para o estabelecimento de contatos, parcerias e trocas de experiências. “Desde que conheci o ISI Biomassa percebi que se tratava de um empreendimento de alto nível, alinhado com alguns dos maiores institutos internacionais de ciência, tecnologia e inovação. Acredito que esse evento será um marco importante para a instituição”, considerou.
Outras palestras
Para o Workshop, a área técnica do ISI Biomassa selecionou outros sete diferentes temas para demonstrar oportunidades e formas de atuação para promover a competitividade da indústria brasileira, se valendo da transferência de conhecimento, investigação e inovação aplicada. Além das “Biorrefinarias Integradas”, serão abordadas a “Indústria 4.0 na Química e Biotecnologia: Projeto Midas - Transformando Resíduo em Ouro”, potencial da transformação da biomassa em energia, agenda de inovação no Brasil na área de renováveis, patentes na área de renováveis, desafios da biotecnologia na transformação de biomassa, incentivos à inovação no Brasil e tendências na biotecnologia.
Para abordar estes assuntos também foram convidados especialistas de renome internacional, como o engenheiro químico Georg Weinberg, o químico Claudio Luis Donnici, o presidente-executivo da ABBI (Associação Brasileira de Biotecnologia Industrial), Bernardo Silva, o professor Florent Allais, da AgroParisTech, que fica em Paris, na França, o professor emérito da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Nei Pereira Júnior, que é PhD em Biotecnologia, e o engenheiro-mecânico Ricardo Alan Verdú Ramos.