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Sidrolandia

Biosul discute desafios e oportunidades no mercado da bioeletricidade

Daniel Pedra/Região News

21 de Julho de 2010 - 07:51

A Biosul (Associação dos Produtores de Bionergia de Mato Grosso do Sul), em parceria com a Agepan (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos) e Fiems, realizou, durante toda esta terça-feira (20/07), no 6º andar do Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande/>, o evento "Bioeletricidade em Mato Grosso/> do Sul – Desafios e Oportunidades. “O encontro visa chamar a atenção para as possibilidades de investimentos na expansão de projetos de geração de energia por biomassa no Estado”, explicou Roberto Hollanda, diretor-presidente da Biosul.

De acordo com ele, hoje o Estado exporta cerca de 250 MWh (Megawatts hora) de energia limpa, o que representa quase a metade dos 500 MWh do consumo sul-mato-grossense. "A expectativa da Biosul é chegar a uma produção de 850 MWh nos próximos três anos. Hoje, além da produção para consumo interno, aproximadamente dez usinas de açúcar e álcool estão exportando energia e este é um mercado cheio de oportunidades para investimentos e geração deste terceiro produto”, explicou..

Foto: Daniel Pedra

Biosul

                    Biosul discute desafios e oportunidades no mercado da bioeletricidade

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Avançando no assunto, o consultor João Pedro Cutti Dias ressaltou que os investimentos em projetos de geração de energia por biomassa são extremamente viáveis para os empreendedores. “Essa possibilidade de investir para produzir energia limpa é extremamente viável porque moderniza os equipamentos e em aproximadamente o investimento se paga. Com isso a empresa garante energia mais confiável e mais ofertas para o negócio”, detalhou.

O presidente da Biosul ressaltou que o encontro vai apontar os gargalos e detalhar as oportunidades para o mercado da bioletricidade em Mato Grosso/> do Sul. “Esperamos que além das dez usinas que hoje exportam os excedentes de energia, todos os nossos 21 empreendimentos do Estado estejam produzindo etanol e açúcar, e acima de tudo transformando o bagaço da cana para a produção de energia limpa e contribuindo para transformar a matriz energética sul-mato-grossense”, adiantou Roberto Hollanda.

Potencial

Figurando em primeiro lugar entre as empresas que mais produzem energia elétrica no Estado, a LDC Bioenergia de Rio Brilhante exporta 40 MWh. “Nossa produção hoje é de cerca de 70 MWh e o nosso consumo é de 30 MWh por isso estamos exportando na casa dos 40 MWh”, explicou Thales Dourado, supervisor de Manutenção Elétrica da LDC Rio Brilhante, acrescentando que a expectativa do grupo expandir os projetos para as outras duas unidades, a Passatempo também em Rio Brilhante/> e a Maracajú, no município de mesmo nome.

“Em Maracajú a previsão é produzir para consumo interno, mas enquanto isso os projetos de expansão prevêem que a Passatempo chegue a 40 MWh até 2012, assim também como nesse período deve haver um incremento de mais 20MWh na unidade Rio Brilhante”, explicou supervisor de Manutenção Elétrica da LDC Bionergia. 

Para chamar a atenção para as oportunidades do segmento, o superintendente de Planejamento da Geração da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Oduvaldo Barroso da Silva abordou o tema Matriz Energética Brasileira: Papel de bagaço da cana na produção de energia elétrica nos próximos dez anos. Ele explicou que hoje a oferta interna de energia dos derivados da cana de açúcar representa 20,3%, sendo que em 2019 esse índice deverá alcançar crescimento médio de 20% chegando a 21,5% do total ofertado no país.

“Atualmente temos uma produção de 5.380 MW de energia limpa e a nossa previsão é que a participação da fonte de biomassa na matriz eletroenergética brasileira atinjam 8.500 MW em 2019”/>, disse acrescentando que hoje 48% da energia do país é renovável e 52% de energia não renovável, contra 41% renovável em 2000 e 59% não renovável no mesmo ano. Odulvado Barroso da Silva finalizou ressaltando que os investimentos na produção de energia de biomassa são muito bem vistos pelo presidente Lula.