Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Sexta, 20 de Setembro de 2024

Sidrolandia

Brasil e Chile fazem "clássico dos ataques" por vaga nas quartas

Brasil e Chile entram em campo nesta segunda-feira em Johanesburgo às 20h30 (15h30 no horário de Brasília) para disputar uma vaga nas quartas-de-final da Copa do Mundo da África do Sul.

O globo

28 de Junho de 2010 - 10:00

As duas equipes - que terminaram o torneio nas primeiras duas colocações - tiveram os ataques mais eficientes das Eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo.

Brasil e Chile foram as únicas seleções que conseguiram marcar mais de 30 gols no caminho para a Copa - 33 do Brasil e 32 do Chile. As equipes encerraram as Eliminatórias sul-americanas com os melhores saldos de gols.

Chile e Brasil tiveram também os goleadores da competição - Humberto Suazo, com dez gols, e Luís Fabiano, com nove.

Com Dunga como técnico, o Brasil leva ampla vantagem sobre o Chile. A seleção venceu todos os cinco jogos entre as duas equipes, marcou 20 gols e sofreu apenas três. Nas eliminatórias, o Brasil venceu os confrontos por 3 a 0 fora de casa e 4 a 2 em Salvador.

"A gente conhece bem o Chile e eles também nos conhecem", disse Dunga.

Chile

Sob o comando do técnico argentino Marcelo Bielsa, o Chile caracterizou-se como uma equipe que joga um futebol bastante ofensivo.

A seleção chilena costuma jogar em um esquema 4-3-3, com três atacantes: Beausejour, Sanchez e Gonzales ou Suazo. Valdívia também é escalado ocasionalmente no ataque.

A seleção treinada por Bielsa recebeu elogios de Dunga.

"Eu acho que o Chile é uma equipe diferente [das demais], muito mais competitiva e muito mais rápida", disse Dunga.

"É uma equipe que adquiriu a mentalidade do seu treinador, que sai para o jogo e que joga no seu limite. Para você superar, tem que jogar da mesma forma."

Apesar do futebol ofensivo, o Chile não tem mostrado as mesmas características na Copa do Mundo. Em três jogos até agora, a equipe marcou apenas três gols.

Para o atacante Robinho, o Chile abandonará a ofensividade e jogará na defesa contra o Brasil.

"Nos últimos jogos que nós vimos, o Chile jogou para frente. Mas contra o Brasil, a postura das equipes adversárias muda", disse o atacante, que deu uma dica do que a seleção mostrará em campo.

"Nosso time tem que jogar rápido. Quanto mais velocidade nós impormos, mais difícil fica para os marcadores deles", disse.

O técnico do Chile, Marcelo Bielsa, afirma que sua equipe não pretende mudar sua forma de jogar contra o Brasil.

"O difícil em uma partida contra o Brasil é defender, porque tem um futebol criativo. Uma forma de defender menos é atacar. Dentro desta lógica, vamos tentar atacar", disse Bielsa.

Violência

O Chile chamou atenção por outra característica: das 32 seleções da primeira fase da Copa, foi a equipe com o maior número de cartões da primeira fase (10 amarelos e um vermelho) e o segundo maior número de faltas (61, uma a menos do que a Austrália).

O técnico Dunga disse que isso é um problema para o juiz da partida - o inglês Howard Webb - e não para os jogadores brasileiros.

"Quanto a violência ou não, nós deixamos isso aos árbitros e à Fifa. Antes da Copa do Mundo, a Fifa disse que ia punir isso, então deixamos isso a eles", disse.

Três jogadores do sistema defensivo chileno - o volante Marco Estrada e os zagueiros Gary Medel e Waldo Ponce - foram suspensos na última partida e não enfrentam o Brasil.

Bielsa fez mistério sobre como substituirá os jogadores suspensos.

A escalação mais provável do Chile é: Claudio Bravo, Mauricio Isla, Gonzalo Jara, Pablo Contreras, Arturo Vidal, Carlos Carmona, Rodrigo Millar, Matías Fernández, Alexis Sánchez, Jorge Valdivia e Jean Beasejour (ou Humberto Suázo).

O Brasil deve entrar em campo no estádio Ellis Park com Júlio César, Maicon, Lúcio, Juan, Michel Bastos, Felipe Melo (ou Josué), Gilberto Silva, Kaká, Elano (ou Daniel Alves), Robinho e Luís Fabiano.