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Sidrolandia

Brasil tem 320 municípios em situação crítica sob risco de queimadas

O ar seco predomina e na maior parte das cidades não chove há pelo menos 60 dias.

O Globo

13 de Agosto de 2010 - 14:20

O Brasil tem 320 municípios em situação crítica com o risco de queimadas e cinco estados concentram 75% dos focos de incêndio nesta sexta-feira, segundo registro dos satélites monitorados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). São 14.604 focos ativos, localizados no Pará (3.892), Mato Grosso (3.276), Tocantins (1.644), Maranhão (1.204) e São Paulo (898).

No Mato Grosso, onde o fogo rompeu os limites da mata e atingiu a cidade de Marcelândia, deixando centenas de desabrigados e 16 madeireiras destruídas, mais da metade dos 141 municípios está em estado de alerta para incêndio. São 74 em estado crítico, segundo o sistema de alerta de queimadas do Inpe.

Dos 144 municípios do Pará, 17 estão em estado crítico. São Félix do Xingu , Santana do Araguaia e Cumaru do Norte são as cidades com maior número de focos de fogo. O ar seco predomina e na maior parte das cidades não chove há pelo menos 60 dias. Mesmo em municípios como São Félix do Xingu, onde a última chuva foi há cinco dias, o calor é intenso, com temperatura perto de 34 graus.

No Tocantins, são 26 dos 139 municípios em situação crítica. A capital, Palmas, amanheceu sob nuvem de fumaça. No Twitter, a TV Anhanguera anunciou que a taxa de umidade do ar deve voltar a ficar em 11% nesta sexta, no período mais crítico do dia. O fogo consome o parque da Serra do Lajeado.

Em São Paulo, dos 645 municípios, 61 estão em estado crítico, segundo o Inpe. Entre eles, cidades como Araçatuba, Araraquara, Barretos, Batatais, Bebedouro, Catanduva, Jaboticabal e Pirassununga. Nesta sexta-feira, o Ministério Público Federal ingressou com ação civil pública na Justiça Federal para impedir que órgãos do governo do estado emitam autorização para as chamadas "queimadas controladas" em fazendas de plantação de cana-de-açúcar. O MPF argumenta que a atribuição deve ser do Ibama e que não é possível autorizar queimadas sem que seja feito previamente um estudo de impacto ambiental. As autorizações são dadas pela Secretaria do Meio Ambiente e pela Cetesb.