Sidrolandia
Câmara derruba veto e aprova projeto que proíbe passagem de caminhões na Antero das 18 às 22 horas
A proposta, de acordo com o autor, foi uma sugestão de ciclistas e adeptos de caminhadas que passeiam pela avenida.
Flávio Paes - Região News
29 de Outubro de 2017 - 21:27
Na semana passada a Câmara Municipal derrubou o veto do Executivo (por 13 votos a 1) e o Legislativo terá de promulgar e transformar em lei o projeto do vereador Adilson Brito (PROS) que proíbe a passagem de caminhões pela Avenida Antero Lemes, das 18 às 22 horas. A proposta enfrenta resistência dos caminhoneiros e segundo informações, é possível que a Prefeitura recorra à Justiça para tornar sem efeito a proibição.
A proposta, de acordo com o autor, foi uma sugestão de ciclistas e adeptos de caminhadas que passeiam pela avenida. Eles estariam com medo de serem atropelados pelos caminhões que passam pela avenida em alta velocidade. Nós consultamos os caminhoneiros e eles não se mostram contrários, afirma.
O presidente da Cooperativa de Transporte de Sidrolândia, que reúne 58 caminhoneiros, critica o projeto e nega ter sido consultado antes de ir à votação. É um absurdo que os vereadores tenham tomado esta decisão. Será que não há coisas mais importantes para eles discutirem e aprovarem, avalia Jesusmar Volpe.
Na opinião dele, ao contrário do que sugere o autor do projeto, proibir a passagem dos caminhões vai aumentar o risco de atropelamentos, porque este tráfego será transferido para a Mato Grosso, via de uma pista só, com maior movimento de ciclistas e pedestres, em função de concentrar vários estabelecimentos comerciais.
A Antero é uma avenida larga, com pouco movimento. Os caminhoneiros que passam por lá, moram na região alta da cidade. Eles evitam ruas que tenham quebra-molas e mais estreitas. Esta proibição atende uma meia dúzia, em prejuízo da grande maioria, avalia.
O vereador Edno Ribas, o único favorável à manutenção do veto (o presidente da Câmara só votaria em caso de empate) não tem dúvida: proibir o tráfego de caminhões entre 18 e 22 horas, além de prejudicar os caminhoneiros, é uma medida inconstitucional porque fere o direito de ir e vir.
A Polícia Militar, muito menos a Prefeitura, tem estrutura para fiscalizar a proibição. Quem vai multar o motorista que não respeitar a proibição?, questiona.