Sidrolandia
Carne suína brasileira ganha novos mercados
Agrolink
30 de Abril de 2010 - 10:21
O terceiro maior exportador mundial de carne suína com o embarque de 607 mil toneladas em 2009, volume que gerou receitas aproximadas de R$ 1,2 bilhão, o Brasil é um dos países mais respeitados na produção de suínos no mundo.
Apesar da atual posição de destaque, a produção brasileira ainda necessita de algumas adequações para melhorar a rentabilidade da atividade e ganhar competitividade para sua produção no mercado externo.
"O Brasil é um mercado bastante competitivo, mas vejo ainda alguns fatores preocupantes que impedem a evolução significativa da atividade como, por exemplo, o fato de praticamente 50% das exportações serem destinadas a Rússia, além do preocupante consumo médio per capita que aponta apenas 13 kg/ano", afirma Jim Long, presidente e CEO da empresa canadense de genética suína Genesus Inc.
O assunto será abordado por ele durante o "Painel Conjuntural de Mercado: as mudanças no perfil dos mercados avícola e suinícola com a nova economia", que acontece na abertura da AveSui América Latina 2010, evento que ocorre de 11 a13 de maio, em Florianópolis (SC).
"A finalidade da palestra é mostrar a força da atividade no mundo. Por esse motivo, vamos apresentar aos profissionais da suinocultura brasileira as peculiaridades da produção de cada concorrente", acrescenta Jim Long.
O especialista estabelecerá um panorama geral dos principais países produtores de carne suína, o futuro do setor e o que o Brasil pode aprender com o exemplo dos seus concorrentes.
Nesse caso, aspectos da produção suinícola nos países da União Européia, Estados Unidos, China, Canadá e Rússia serão colocados em pauta durante apresentação.
Segundo o executivo, neste momento em que a economia brasileira é reconhecida como uma das mais fortes mundialmente, o País deve focar as atenções pela abertura de novos mercados para carne suína. Para isso, investimentos na rastreabilidade animal serão necessários.
"A percepção que tenho é que a capacidade técnica e tecnologias de genética da cadeia produtiva são bastante sólidas. No entanto, os protocolos e procedimentos de inspeção da carne suína ainda são falhos. Esse é um fator que merece maior atenção entre dirigentes e produtores", evidencia Long.
A carne suína atualmente é a proteína animal mais consumida e, nos últimos dez anos, cerca de 30 milhões de suínos foram produzidos todos os anos globalmente. Com o fim da crise financeira, a perspectiva é de que a demanda pelo produto seja ainda maior.