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Sidrolandia

Cerca de 300 pessoas assistiram o Funk-se em Dourados

O grupo foi recebido pelos indígenas no final da manhã, e ofereceram uma mini-aula de street dance para os jovens que estavam no local.

Ms Notícias

31 de Agosto de 2010 - 07:58

“O índio quer aprender outras culturas, mas não quer perder a sua”, afirma a indígena Adilângela Aquino Jorge, 16, no encontro do dia 29 de agosto, com o grupo “Funk-se”, na aldeia Panambizinho, de Dourados (MS). O grupo foi recebido pelos indígenas no final da manhã, e ofereceram uma mini-aula de street dance para os jovens que estavam no local.



Em Dourados, aproximadamente 300 pessoas assistiram o novo espetáculo “Frágil ou o Sentido da Ruptura”, que propõe um olhar para a realidade dos jovens indígenas da aldeia Panambizinho. A montagem foi apresentado no dia 29 de agosto, no Teatro Municipal da cidade, e a próxima apresentação está prevista para setembro ou outubro deste ano, em Três Lagoas (MS).



“A arte além de encantar, tem um apelo social”, afirma o coordenador da Casa Brasil da UFGD, Leandro William Pezzin, que mora há 14 anos em Dourados. Ele conta que ainda há muito preconceito e resistência dos próprios moradores da cidade e que a temática fomenta a reflexão, e finaliza dizendo que o trabalho é muito dinâmico e expressivo.



O presidente da Associação das Mulheres Indígenas, Reginaldo Aquino da Silva, diz que projetos e atividades que, de alguma forma mostram a cultura indígena, valorizam este público e contribuem efetivamente no desenvolvimento dos jovens da região.



Com este espetáculo o “Funk-se” venceu a última edição do prêmio Funarte (Fundação Nacional de Artes) de Dança Klauss Vianna e já levou já cerca de 800 pessoas ao teatro. Sendo a apresentação de Dourados e Três Lagoas, parte do Circuito de Dança no Mato.



O diretor e coreógrafo do Funk-se é Edson Clair e o projeto conta com os dançarinos Ândrea Espindola, Andressa Espindola, Beatriz Neres, Carla Lima, Eduardo Braud, Flávio Maldonado, Julia Campos, Leonardo Miyahira, Moedir Brum, Natália Gameiro, Nayara Campos, Renata Mograbe, Patrick Fernando e Wellington Ramos. E tem na direção de cena Anderson Bernardes, no desenho de luz Anderson Lima, na criação de cenário Cello Lima e na Preparação Corporal estão Leandro Busanello e Jair Damasceno, que também faz Direção de Movimento; além do apoio da antropóloga, Katya Vietta. Para mais informações, ligue no (67)3042-0112.