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Sidrolandia

Chuva muda rotina da cidade, interrompe colheita e pode reduzir em 8% produtividade da soja

A perda, se confirmada, chegaria a 21%, na comparação com a estimativa do IBGE de 65 sacas por hectare numa área plantada de 203 mil hectares. O preço do grão oscilou R$ 1,00, subindo de R$ 60,00 para R$ 61,00 a saca.

Flávio Paes/Região News

20 de Fevereiro de 2018 - 14:42

As chuvas intermitentes que vem se registrando nos últimos 10 dias, quase ininterruptas e a generalizada desta madrugada de terça-feira, combinado com o tempo nublado que prolonga por mais tempo a umidade do solo, começam a trazer preocupação para os produtores de Sidrolândia que em algumas regiões do município (sobretudo na direção da divisa com Maracaju e Rio Brilhante) interromperam a colheita há 10 dias ou desde sábado, situação específica de quem tem propriedade nas franjas do limite com Campo Grande (no entorno do Capão Seco).

O agrônomo Lúcio Henrique Andrade da Agrícola Kanadá, já projeta queda de 8% na produtividade, de 56 para 51 sacas por hectare na comparação com a safra passada. Esta soja estaria fora do padrão para exportação, mas poderia ser vendida no mercado nacional. O preço do grão oscilou R$ 1,00, subindo de R$ 60,00 para R$ 61,00 a saca.

A perda, se confirmada, chegaria a 21%, na comparação com a estimativa do IBGE de 65 sacas por hectare numa área plantada de 203 mil hectares, que Lúcio não ratifica, ele aposta numa área de 197 mil hectares, praticamente a mesma da safra 2016/2017.

De acordo com o agrônomo, as condições climáticas interromperam a colheita em algumas regiões há pelo menos 10 dias quando atingido menos de 10% da área plantada. Ele prevê prejuízos ainda maiores se a chuva persistir na próxima semana. Neste cenário, se repetiria a situação de 2011, quando choveu muito nesta época, as colheitadeiras não entravam nas lavouras e os grãos começaram a ficar ardidos, com sementes germinando nas vagens.

O produtor Paulo Stefanello, que plantou 3 mil hectares na região do Capão Seco, interrompeu a colheita no sábado, quando já tinha colhido 30% da área plantada, 900 hectares. Ele está entusiasmado com os níveis de produtividade alcançados (superiores aos níveis da safra passada) e por enquanto não vê risco de quebra. Este seu prognóstico otimista dependerá do regime de chuvas dos próximos dias.

2004

85 mil hectares

178.500 toneladas

2005

94.800 hectares

199.800 toneladas

2006

93 mil hectares

231.900 toneladas

2007

95 mil hectares

267.900 toneladas

2008

95 mil hectares

256.900 toneladas

2009

97 mil hectares

238.620 toneladas

2010

115 mil hectares

345.000 toneladas

2011

120 mil hectares

194.400 toneladas

2012

130 mil hectares

358 mil toneladas

2013

142 mil hectares

426 mil toneladas

2015

176 mil hectares

543 mil toneladas

2016

184.400 hectares

516 mil toneladas

2017

195.950 hectares

646,6 mil toneladas (estimativa de 55 sacas)

2018

203 mil hectares

791,6 mil toneladas (65 sacas produtividade) – previsão IBGE