Sidrolandia
Com garantia do cascalho, prolongamento será retomado e duplicação da MS-162 iniciada em novembro
Se o tempo ajudar, a expectativa é de que na primeira semana de novembro as duas frentes de obras iniciem suas atividades.
Flávio Paes - Região News
22 de Outubro de 2017 - 21:50
Com a garantia da obtenção do arenito necessário para o revestimento primário que precede a pavimentação, o Governo do Estado vai retomar o prolongamento da Avenida Antero Lemes e iniciar a duplicação da MS-162, num trecho de um quilômetro entre a rotatória com a BR-060 até a entrada do acesso ao complexo de armazenagem da Lar Cooperativa. Se o tempo ajudar, a expectativa é de que na primeira semana de novembro as duas frentes de obras iniciem suas atividades.
O empresário Waldemir Bueno, que está implantando um aterro sanitário na saída para o Quebra Coco, obteve licença do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) para explorar a jazida existente na área de 20 hectares e nesta semana deve obter o licenciamento do Instituto Estadual do Meio Ambiental. Recebemos a solicitação do Governo para fornecer o cascalho necessário para essas obras em andamento na cidade, comentou.
O prolongamento da Avenida Antero Lemes (da Ponta Porã até a Avenida Aroeira), se arrasta praticamente há um ano. A obra parou em agosto (por 120 dias) pela Agência Estadual de Empreendimentos (Agesul). Enquanto o trecho não ficar pronto, a Secretaria Municipal de Saúde não pode abrir o serviço de urgência e emergência na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) em funcionamento desde junho.
Segundo a arquiteta responsável pelo projeto, Zuleide Higa, a providência é necessária porque não há jazida com licenciamento ambiental num raio de 5 quilômetros da obra onde a empreiteira (Construtora J. Gabriel Ltda) possa obter cascalho e o arenito necessário ao serviço de terraplanagem e revestimento primário do trecho aberto.
A jazida disponível, no Assentamento Santa Terezinha, fica a 23 quilômetros, quando a planilha da obra orçou um custo tendo como referência obter o cascalho no máximo a 15 quilômetros de distância da obra.
O prolongamento da Avenida Antero Lemes integrou a mesma licitação das obras de drenagem executadas às margens da MS-162 e que se estenderam por toda extensão da Rua Hélio Martins Coelho (no Jardim Petrópolis), com a tubulação servindo para escoamento da enxurrada do bairro Cascatinha. O investimento total é de R$ 2,5 milhões.
Duplicação
Por enquanto a única evidência de que o Governo vai duplicar um quilômetro da MS-162, com a construção de dois trevos de acesso (ao frigorífico Balbinos e aos armazéns da Lar Cooperativa), é a placa do Governo sobre a obra.
A empreiteira venceu a concorrência com o orçamento de R$ 5.297.594,65, valor quase R$ 600 mil da projeção da obra orçada em R$ 5,9 milhões.
Além de duplicar a MS-162, a MS-Pavimentação, empreiteira, contratada pela Agesul vai implantar uma avenida de cinco quilômetros, que servirá de acesso ao Frigorífico Balbinos, que começa a funcionar em dezembro. Inicialmente, a avenida (projetada para duas pistas) será aberta com uma pista de 12 metros, não será pavimentada, recebendo um revestimento primário.
No último dia 10 numa reunião com o prefeito Marcelo Ascoli, intermediada pelo diretor-geral da Agraer, Enelvo Felini, o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, definiu a destinação de R$ 450 mil do Fundo de Desenvolvimento Industrial, para financiar a implantação da avenida, que em 2014, chegou a ter um trecho aberto pela Prefeitura que interrompeu o serviço por que dependia de licenciamento ambiental para implantar uma travessia sob uma nascente existente no local.
Como o licenciamento não foi dado, nem o município tinha recursos para fazer a travessia (provavelmente com tubulação), o serviço foi interrompido neste ponto para evitar problemas de invasão, o traçado aberto voltou a ser aproveitado como área de lavoura pelos antigos proprietários dos 8 hectares cortados pela avenida.
Diante da proximidade de funcionamento do frigorífico (prevista para dezembro), a urgência da abertura desta avenida se impôs porque a alternativa seria desastrosa para o sistema viário e a manutenção do pavimento da cidade: os 200 caminhões que diariamente vão trazer gado em pé para abate e levar a produção de carne para os centros consumidores, terão de passar pelas vias estreitas do São Bento, o bairro mais populoso da cidade.