Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Domingo, 24 de Novembro de 2024

Sidrolandia

Com salário médio de R$ 1,1 mil e 557 vagas, Sidrolândia em 3º lugar na geração de empregos

Foram registradas 3.465 contratações, ante 2.908 demissões, um resultado melhor que o de 2016, quando surgiram 73 novas vagas (2.952 admissões e 2.877 dispensas).

Flávio Paes/Região News

28 de Janeiro de 2018 - 19:13

Com abertura de 557 vagas, 72% delas (403) geradas por apenas duas empresas do segmento frigorífico (Balbinos e JBS), Sidrolândia terminou em 3º lugar no ranking estadual da abertura de novas oportunidades de trabalho em 2017. Foram registradas 3.465 contratações, ante 2.908 demissões, um resultado melhor que o de 2016, quando surgiram 73 novas vagas (2.952 admissões e 2.877 dispensas).

A cidade foi superada apenas por Paranaíba (com 620 vagas) e Dourados (855 vagas), integrando o seleto grupo dos municípios sul-mato-grossenses que ficaram na contramão do cenário estadual de emprego mostrado pelo CAGED (Cadastro Geral de Emprego e Desemprego) do Ministério do Trabalho, Emprego e Renda. Mato Grosso do Sul terminou o ano com o fechamento de 4.874 postos de trabalho, com 236.181 contratações e 241.055 desligamentos.

É a terceira vez seguida que o número de admissões é menor que o de demissões no Estado. Desde o aprofundamento da crise econômica do País, em 2015, as empresas de Mato Grosso do Sul demitem e não reabrem vagas em igual quantidade. Em 2015, foram extintos 11.535 empregos e, no ano seguinte, 1.931.

A chegada do Frigorífico Balbinos ajudou a impulsionar o mercado de trabalho que em 2016 registrou a abertura de 73 vagas. O salário médio oferecido, R$ 1.120,00, corresponde a pouco mais que 17% acima do salário mínimo vigente (R$ 954,00). Este é o vencimento oferecido para quem passou a trabalhar como alimentador da linha de produção, que com 139 vagas, foi à função que mais oportunidade de trabalho gerou.

Com salário médio de R$ 1,1 mil e 557 vagas, Sidrolândia em 3º lugar na geração de empregos

Um pouco acima deste vencimento (R$ 1.224,70) foi oferecido a quem se habilitou a trabalhar como desossador, a terceira função com maior número de novas vagas disponibilizadas. Quem se interessou pelas 64 novas vagas de magarefe (responsável pelo abate reses) está ganhando um pouco mais, R$ 1.693,39. Surgiram também 38 vagas de inspetores de qualidade (salário de R$ 1.160,23) e 90 para atuar na manutenção de edificações (remuneração de R$ 1.114,10). 

Das 557 novas oportunidades, o setor industrial (no qual os frigoríficos estão inseridos) respondeu por 433; o de serviços, 47; a agricultura, 38 e o comércio, 60 vagas (782 contratações, ante 722 dispensas). A construção civil registrou o fechamento de 17 vagas, muito embora, o número não reflete exatamente o desempenho do setor, caracterizado pelo alto índice de informalidade da mão de obra.

Um dado preocupante revelado pelos números da CAGED é que o mercado de trabalho ofereceu poucas oportunidades para quem tem nível superior. No total, foram menos de 20, incluindo 4 vagas de farmacêutico (R$ 2.799,13 de salário); três de engenheiro agrônomo, com os melhores vencimentos (R$ 4.470,67). As quatro vagas de técnico agrícola (com formação de nível médio) assegurou R$ 2.886,57 de salário e as três de supervisão, R$ 4.918,67.