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Sidrolandia

Comanando regional do PTB avisa que haverá “caça as bruxas

Redação de Noticia

29 de Abril de 2010 - 16:25

Envolvida no projeto de reeleição do governador André Puccinelli (PMDB), a executiva regional do PTB avisou que vai expulsar correligionários que porventura não acompanhem a orientação partidária e decidam ficar em palanque oposto na campanha eleitoral deste ano em Mato Grosso do Sul.

O alvo das ameaças da cúpula petebista é o grupo de rebeldes interessado em pedir votos para o ex-governador Zeca do PT, que perdeu a queda-de-braço para o pré-candidato do PMDB durante a votação das duas propostas encaminhadas à executiva regional.

Zeca ofereceu por escrito, durante reunião na sede do diretório regional do PTB, a indicação do candidato à vice na eventualidade de vencer as eleições de outubro, enquanto André Puccinelli, total estrutura de campanha para os candidatos a deputado estadual e federal pelo partido.

O processo de “caça as bruxas” começou por Campo Grande, onde a comissão provisória municipal encaminhou representação contra dois filiados infiéis, entre os quais, o advogado Antonio Trindade, conforme revelou ao site Conjuntura Online o presidente da executiva regional, Ivan Louzada.

“Nossa decisão é soberana, quem não acompanhar irá enfrentar um processo de expulsão no Conselho de Ética do partido”, avisou Louzada, que esteve em Brasília quinta e sexta-feira conversando sobre a rebelião em seu grupo político com o presidente regional da legenda, Roberto Jefferson.

Louzada garante ter respaldo da cúpula petebista, onde diz contar com 10 votos no diretório nacional, incluindo seis membros, entre os quais, três (Ele próprio, o advogado Sérgio Louzada e o ex-deputado estadual Walter Carneiro) têm direito a igual número de votos.

Além de desconhecer suposta ação movida pelo grupo rebelde, que alega ter protocolizado representação da Justiça Eleitoral na tentativa de impedir que o partido apóie André Puccinelli, o dirigente não vê motivo para esse tipo de movimentação.

“A executiva apenas acatou uma das duas propostas encaminhadas. Agora, quem vai decidir é o diretório, durante a convenção”, esclareceu o dirigente petebista, explicando ainda que os 46 membros do diretório poderão dar poderes para a direção regional decidir.

Louzada classificou de “boatos” notícias dando conta que o grupo dissidente havia entrado na Justiça com objetivo de tentar mudar a posição do partido. Ele  disse que sequer foi notificado.

“Tudo isso que eles estão dizendo aí por meio de órgãos de imprensa é uma inverdade, não há ação nenhuma protocolada no Tribunal Regional Eleitoral e nem nos cartórios de Campo Grande e de Aquidauana”, atestou Louzada, referindo-se, neste último caso, ao reduto eleitoral do empresário Zelito Ribeiro, um dos rebeldes e que teve seu nome lembrado como possível pré-candidato ao governo. 

Sobre a rebelião em seu grupo político, Louzada desabafou: “eles não têm voto nenhum, nem no diretório e nem da população, se tivessem estariam pleiteando cargos, como para deputado estadual, federal e senador. É meia dúzia de gato pingado que está brigando por interesses pessoais”.