Sidrolandia
Cristiane Brasil entra com novo recurso no TRF-2 contra liminar que impede posse
Escolhida para o Ministério do Trabalho pelo presidente da República já havia recorrido ao STF. Ela foi condenada a pagar R$ 60 mil a ex-motorista em dívida trabalhista.
G1
10 de Janeiro de 2018 - 09:48
A deputada Cristiane Brasil (PTB) entrou com novo recurso no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) para derrubar a liminar que impede sua posse no Ministério do Trabalho.
Cristiane Brasil já recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) através da Advocacia Geral da União (AGU), no mesmo dia em que o próprio TRF-2 indeferiu o pedido de suspensão da liminar.
O Movimento dos Advogados Trabalhistas Independentes, que propôs a suspensão da posse, já respondeu ao recurso no TRF-2. Na análise do grupo, o julgamento pode ocorrer ainda nesta quarta. A reportagem questionou se a Corte julgará o caso ao longo do dia, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
No recurso, os advogados da deputada citam "a ilegal e abusiva" decisão judicial e dizem que a multa pecuniária imposta pelo juízo, de R$ 500 mil, é "escorchante". A defesa pede ainda que o recurso seja distribuído para o desembargador Sergio Schwaitzer.
Cristiane Brasil tem condenação trabalhista
Como mostrou o G1 na semana passada, Cristiane tem dois processos na área com ex-motoristas que alegam ter trabalhado sem carteira assinada. Em um deles, foi condenada a pagar R$ 60,4 mil a Fernando Fernandes Dias, que prestava serviços para ela e a família. Como parte do valor ainda não foi pago, a deputada teve o nome incluído no BNDT.
A Justiça entendeu que o funcionário da deputada não teve a carteira de trabalho assinada e deveria receber pelas férias, aviso prévio e gratificações natalinas. O juiz Pedro Figueiredo Waib, que condenou em primeira instância, concordou com a tese da ação de que a carga horária era de quase 15h por dia.
Em outro processo, assessora pagou dívida
A dívida com outro funcionário, conforme mostrou o jornal "O Globo", foi debitada por uma antiga funcionária da deputada. Nove das 10 parcelas de R$ 1,4 mil para o motorista Leandro Eugênio de Almeida Moreira foram pagas por Vera Lúcia de Azevedo.