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Sidrolandia

Delcídio tenta implodir aliança entre André Puccinelli e PTB

Redação de noticia

21 de Maio de 2010 - 09:42

O senador Delcídio do Amaral (PT) se reuniu com o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, na manhã desta quinta-feira em Brasília, na tentativa de convencê-lo a mudar de idéia sobre apoiar a candidatura à reeleição do governador André Puccinelli (PMDB).

Em março, a executiva regional do PTB fechou questão em torno da candidatura do governador, que está em pré-campanha visando mais quatro anos de mandato.

A decisão da executiva regional inclusive tem o aval da direção nacional, que também aconselhou os dirigentes locais a pedir votos para o ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), pré-candidato à Presidência da República.

Na conversa com Roberto Jefferson, Delcídio disse que o PTB, apesar do acordo extra-oficial com André Puccinelli, interessa ao projeto político de seu partido que é eleger o ex-governador Zeca do PT nas eleições de outubro.

O senador chegou até a fazer promessas ao dirigente petebista em caso de recuo a proposta de aliança com o candidato do PMDB ao governo estadual, garantindo cumpri-las quando for nomeado ministro num eventual governo de Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Apesar da pressão, Roberto Jefferson disse não poderia influenciar na decisão da executiva regional do partido, alegando, entre outros fatores, ter dado total autonomia para os membros do partido decidirem seu destino na disputa pelo governo estadual.

O presidente nacional do PTB disse ao senador que inclusive tem uma reunião-almoço em Brasília com o governador André Puccinelli no dia 6 de junho, com quem deve traçar estratégias de atuação na campanha eleitoral deste ano.

Rompimento

Antes do acordo com os peemedebistas, o comando regional do PTB recebeu o convite para indicar o candidato à vice na chapa majoritária a ser encabeçada por Zeca do PT. À época, a idéia do ex-governador era ter eu seu palanque o empresário Zelito Ribeiro, de Aquidauana.

Outro nome de preferência do pré-candidato petista era o presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Chico Maia.

No entanto, o PTB decidiu fechar questão em torno da candidatura de André Puccinelli, que em contrapartida garantiu estrutura aos candidatos petebistas à Assembléia Legislativa e à Câmara dos Deputados.

A proposta do governador, além de estrutura de campanha aos candidatos do partido a deputado estadual e federal, é inserir o PTB numa coligação composta por legendas de menor expressão eleitoral, ou seja, que não tenha nenhum deputado estadual buscando à reeleição.

Nesse caso, a idéia é montar uma estrutura de campanha que possa abrigar de seis a sete partidos visando eleger até três deputados estaduais e um federal nas eleições deste ano.

No esquema de campanha do governador participarão outras três coligações maiores na chapa proporcional, incluindo parlamentares que buscam o segundo mandato, como, por exemplo, Diogo Tita (PPS), Márcio Fernandes (PTdoB) e Coronel Ivan (PRTB).

Questionado sobre o assédio do senador e correligionários na tentativa de convencer o comando nacional petebista a mudar de idéia, o presidente da executiva regional do PTB, Ivan Louzada, disse que conversou com Roberto Jefferson na quarta-feira e ouviu dele a mesma posição, de manter aliança com o PMDB em Mato Grosso do Sul.

Louzada reafirmou o compromisso de referendar a decisão da executiva regional durante a convenção que o PTB realizará em junho para homologar a aliança com o PMDB e os candidatos aos cargos proporcionais.

Além de Louzada, também participou da conversa com Roberto Jefferson o prefeito de Maracaju, Celso Vargas, que reforçou sua posição de trabalhar para reeleger André Puccinelli.