Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Segunda, 23 de Setembro de 2024

Sidrolandia

Delegado afirma que Bruno participou da tortura

Segundo ele, o goleiro permaneceu durante os cinco dias que Eliza Samudio ficou no sítio e viu ela sendo assassinada.

G1

09 de Julho de 2010 - 13:45

O plano, segundo o delegado, também era matar o bebê de eliza, que amanhã completa cinco meses.

Ainda há várias perguntas a serem respondidas sobre este crime que chocou o país. E a primeira é: qual o motivo para tanta brutalidade? Quem responde é o delegado responsável pelas investigações, Edson Moreira, na entrevista que concedeu ao Jornal Hoje.

“A causa é uma paternidade indesejada. Com cinco meses ele tenta fazer o crime de aborto, sequestra e faz a moça tomar abortivos. Tudo isso vai alimentando a fúria, a vingança, que tudo se demonstra pela forma como foi consumado o crime”, declara.

O delegado afirma que Bruno também participou da tortura, durante os cinco dias que Eliza foi mantida no sítio. “Eles fizeram uma mudança radical com ela no sítio. Colocaram uma vitrola, tiraram do local normal e colocaram próximo dos quartos e no dia o som ficava alto. Para que o som alto o dia inteiro lá? Tinha futebol de fachada. Por que ninguém podia entrar na casa”, conta.

Segundo a polícia, Bruno também viu Eliza sendo executada. “Bruno, o Macarrão e o menor”, diz.

O delegado afirmou ao Jornal Hoje que Eliza sofreu muito antes de morrer. “Ela teve um sofrimento descomunal. Ela sofreu, ninguém imagina o que essa moça sofreu antes de morrer”, declara.

O plano, segundo o delegado, também era matar o bebê de Eliza, que amanhã (10) completa cinco meses. “Levaram os dois para a morte, mas no fim das contas, o Bruno interviu e não deixou”, conta.

O comportamento do jogador chocou os policiais. “Fria, não tenho dúvida. Com a pessoa com a cabeça estourada, com cárcere privado. Sabendo que vai levar essa pessoa para a morte. Qual é a sensibilidade que essa pessoa tem?”, questiona.

Hoje, segundo o delegado, a morte de Eliza Samudio completa um mês, a modelo foi para o sítio de Bruno na esperança de melhorar de vida. Mas para a polícia, mais do que pelo dinheiro, o crime foi executado por vingança.

A relação do casal sempre foi conturbada. Um indício desse relacionamento difícil pode estar na senha do computador pessoal de Eliza - amor e ódio. Essas eram as palavras que ela usava para acessar o notebook, que está sendo periciado.