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Sidrolandia

Descoberto método para selecionar melhor esperma em fertilizações in vitro

A técnica tem como objetivo localizar o sêmen que não está geneticamente danificado e que, portanto, é mais capaz de fecundas os óvulos femininos.

Agência Estado

03 de Agosto de 2010 - 07:18

Um grupo de pesquisadores americanos e britânicos descobriu um método que permite a seleção de espermatozoides saudáveis em homens estéreis para serem utilizados com certa garantia em tratamentos de fertilização in vitro, segundo informou nesta segunda-feira, 2, o jornal inglês The Times.

                A técnica tem como objetivo localizar o sêmen que não está geneticamente danificado e que, portanto, é mais capaz de fecundas os óvulos femininos.

                Essa identificação é realizada por meio de um corante de proteína que envolve o esperma defeituoso por meio de sua capacidade de se acoplar ao DNA danificado, segundo o jornal.

                Depois de escolher os melhores espermatozoides, eles seriam injetados nos óvulos das mulheres por meio de uma técnica de fertilização in-vitro chamada injeção intracitoplasmática.

                Os primeiros testes em pacientes para testar o método, desenvolvido por Dagan Wells, da Universidade inglesa de Oxford, e George Pieczenik, da Universidade americana de Rutgers, podem começar no início de 2011, depois que a equipe receber um ajuda de R$ 333.500 do laboratório Serono.

                Se esses testes forem bem sucedidos com voluntários, o novo tratamento poderia ajudar milhares de homens estéreis, pois seu sêmen apresenta um grande número de espermatozoides geneticamente danificados e incapazes de fecundar óvulos.

                "O esperma com DNA fragmentado é difícil de eliminar por meio de um microscópio, mas essa proteína pode distinguir perfeitamente o danificado do bom", disse Wells.

                O próximo passo, se ficar demonstrado que não há risco de toxicidade na utilização da proteína, seria pedir autorização à Autoridade de Embriologia e Fertilização do Reino Unido para iniciar os testes com essa técnica em tratamentos de fertilidade.

                De acordo com Wells, a utilização dessa proteína é barata, com a qual o custo do tratamento de fertilização in vitro - cujo preço gira em torno de R$ 11 mil - não encareceria mais de R$ 270.