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Dilma diz que pode reduzir preço dos remédios com desoneração
A pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, esteve em duas emissoras de rádio de São Paulo nesta quarta-feira (26) e defendeu a diminuição dos impostos sobre remédios.
Redação de noticia
27 de Maio de 2010 - 08:15
Na terça-feira (25), Dilma Rousseff e os pré-candidatos do PSDB e PV apontaram que concordam com a necessidade de reforma tributária em sabatina realizada por empresários realizada em Brasília.
O primeiro compromisso de Dilma nesta manhã foi entrevista na Rádio Tupi, às 8h. Na sequência, às 11h, ela respondeu perguntas de ouvintes da Rádio Record. Além de voltar aos temas já apresentados em entrevistas anteriores, ela deu nova ênfase para a questão da saúde e dos impostos.
É um absurdo o preço dos remédios no país", disse. A petista afrmou que é preciso enviar a reforma tributária para o Congresso e fazer com que ela seja aprovada. Mas, ela disse que outras medidas concretas podem ser tomadas independentemente do encaminhamento do projeto de reforma. Diminuir o preço dos remédios estaria entre as prioridades de um novo governo, por uma questão de "justiça social".
Ela não deu detalhes de como essa medida seria tomada, mas lembrou que ações semelhantes foram adotadas pelo governo Lula em relação aos automóveis, produtos da linha branca e itens da cesta básica. A defesa da redução do valor dos medicamentos foi abordada nas duas entrevistas desta manhã.
Falhas do SUS
A presidenciável utilizou o espaço nas rádios para explorar outras propostas para a saúde. Destacou a construção de mais policlínicas e unidades de pronto-atendimento (UPA) como estratégias para melhorar o saúde dos brasileiros. Segundo ela, uma das dificuldades de quem busca o sistema público é marcar consulta com especialistas. Esse serviço seria o objetivo do trabalho das policlínicas e das UPA. "O problema do SUS é que se concentra em dois pontos, unidades básicas e hospital. Falta esse meio que estamos respondendo", disse.
Como e onde melhorar
Dilma também repetiu em entrevista um conceito que começou a desenvolver na apresentação feita aos empresários da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em contraponto ao bordão de Serra, que apresentou no início da pré-campanha a expressão "O Brasil pode mais", a petista procurou resumir em uma frase seu conhecimento da máquina pública e a possibilidade de avanços caso seja eleita.
"Sei que o Brasil pode melhorar, sei como ele pode melhorar e em que direção ele pode melhorar", disse. Em seguida, ela completou: "eu me acho capaz de fazer que o Brasil continue crescendo."
A petista teve chance de detalhar propostas para os temas educação, habitação, investimento e estilo de governo nas entrevistas desta quarta. A questão da segurança e o tráfico de drogas também recebeu atenção. Na Rádio Record, ela respondeu diretamente questões de ouvintes feitas ao vivo.
Questionada por uma ouvinte da Rádio Record se ela teria autonomia ou se o partido influenciaria suas decisões se fosse eleita, Dilma afirmou que é importante consultar partidos e sociedade. Entranto, ela ressaltou que, em última instância, as decisões não devem ser tomadas em assembleia. Segundo ela, é do presidente a "palavra final".
Pedofilia
Em outra questão, uma moradora da Zona Norte de São Paulo cobrou medidas mais duras contra os criminosos. Dilma afirmou que defende penas severas de acordo com o crime cometido. Após a resposta, a ouvinte teve direito a uma réplica.
Ela não se disse muito satisfeita com a resposta e esperar uma postura mais rígida da pré-candidata na questão e sugeriu a castração de pedófilos. É melhor a punição penal que a punição física, respondeu Dilma. Após o intervalo comercial e antes de responder a uma nova questão, a presidenciável pediu para voltar ao tema. "O que importa é que em crimes graves a pessoa cumpra a pena integralmente", resumiu.