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Sidrolandia

Em novo escândalo, Ex-Tesoureiro do PT volta à cadeia

Desvio de R$ 200 milhões de recursos da Saúde é descoberto pela Polícia Federal

Agencia PSDB

10 de Abril de 2010 - 08:44

Os nomes petistas envolvidos em antigos escândalos voltam à cena, agora em esquema de desvio de recursos da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), deflagrado pela Polícia Federal e pela Controladoria Geral da União. A investigação aponta um desfalque de R$ 200 milhões.

A operação levou à prisão, entre outros, o empresário Valdebran Padilha e o tesoureiro do PMDB de Mato Grosso, Carlos Roberto Miranda, num total de 31 detidos. Ex-tesoureiro do PT, Padilha é apontado como um dos principais envolvidos no esquema e já pode ser considerado com um freqüentador assíduo de delegacias.  O petista foi detido em setembro de 2006, envolvido na compra e vende de um falso dossiê contra o candidato José Serra, no que ficou internacionalmente conhecido como  o “escândalo dos aloprados”.

Para o senador Álvaro Dias (PR), a corrupção é recorrente entre petistas. “A bandeira da ética foi rasgada e jogada no lixo. Depois do escândalo da mala de dinheiro, que não aconteceu nada, só se poderia esperar por reincidência. Os envolvidos são reincidentes estimulados pela impunidade”, lamenta. Segundo o senador, o PT adotou um modelo “delubiano, transformando seus tesoureiros em verdadeiros especialistas, de falcatruas”.

Na verdade, Valdebran não é o único aloprado que ensaiou um retorno. Neste domingo, Hamilton Lacerda já estampara as páginas de denúncia da Folha de S. Paulo. Como revela a reportagem, Lacerda saiu de assessor do senador Aloizio Mercadante (PT), com salário de R$ 5 mil, para aventurar-se como proprietário de uma fazenda com capital social de R$ 1,5 milhão no sul da Bahia, valor incompatível com seus proventos.

O valor da propriedade coincide com o da maleta milionária aprendida na compra do falso dossiê: R$ 1,7 milhão, lembra o jornal. Apesar de ser um mistério, a tentativa de se descobrir a origem dos recursos caminha para cair no esquecimento. De acordo com o jornal O Globo de hoje, o procurador da República Mário Lúcio Avelar, responsável pelas investigações do escândalo dos aloprados, admite encerrar o caso sem conseguir chegar à origem do montante.

A participação de tesoureiros petistas em denúncias de corrupção é rotina no noticiário sobre aquele partido. No mês passado, o Ministério Público de São Paulo denunciou um esquema de desvio de recursos da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo) “para irrigar o caixa dois” de campanhas do PT. O desvio pode chegar a R$ 100 milhões.
 “É uma denúncia substituindo outra que, por sua vez, aguarda a próxima”, lamenta Álvaro Dias.