Sidrolandia
Em três anos, novos empreendimentos injetaram R$ 41 bilhões em Mato Grosso do Sul
Incentivo fiscal, agora com segurança jurídica após convalidação, é principal ação do Governo do Estado para expansão industrial e geração de emprego e renda.
Portal do MS
30 de Janeiro de 2018 - 08:23
Os novos empreendimentos instalados em Mato Grosso do Sul beneficiados pela política de incentivos fiscais do Estado investiram mais de R$ 41 bilhões nos últimos três anos. De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), com a convalidação dos incentivos fiscais, a expectativa é de que o processo de industrialização acelere.
No mesmo período, apesar da crise econômica, o Estado se destacou na geração de empregos. Entre 2015 e 2017, se instalaram no Estado 126 novas empresas, com oferta de 18 mil postos de trabalho.
Segundo a área econômica do Governo do Estado, os indicadores sociais e econômicos, desempenho da gestão pública e outros fatores inerentes à logística e potencialidades naturais, criaram um ambiente de confiança, levando a iniciativa privada a manter os investimentos mesmo na fase mais aguda da crise.
Com R$ 8 bilhões na sua segunda unidade, a Fibria lidera os investimentos no conglomerado de celulose em Três Lagoas. Na Capital, a ADM impulsiona o Núcleo Industrial com investimento de R$ 650 milhões em uma unidade de produção de proteína texturizada.
Para o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, o melhor resultado da política de incentivos está na cadeia industrial.
O PIB (Produto Interno Bruto) da indústria de transformação teve uma taxa média de crescimento de 14,8% ao ano. A indústria está se consolidando em Mato Grosso do Sul, atraindo outros investimentos na cadeia produtiva, fortalecendo os negócios para as empresas já instaladas, gerando emprego, renda e divisas, diz Verruck.
Estimativa de crescimento do Brasil em 2018 indica alta de 2,66% para o PIB deste ano, conforme análise do mercado financeiro, divulgada pelo Banco Central. Até o início do ano, a projeção do crescimento era de 2,7%.
A indústria, que incorpora os principais elos da cadeia do agronegócio (agricultura, bovinocultura, suinocultura e avicultura), é o segmento com maior impacto no PIB do Estado. O conjunto de riquezas (bens e serviços) de Mato Grosso do Sul, segundo dados de 2015 divulgados pelo IBGE, soma R$ 83,1 bilhões.
O presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), Sérgio Longen, vê um cenário positivo em 2018, projetando crescimento de 8,8% do PIB industrial, que deve pular de R$ 20,3 bilhões para R$ 22,2 bilhões. Estamos muito confiantes na retomada do crescimento da economia e da indústria em 2018, principalmente em Mato Grosso do Sul, onde temos a particularidade de um ambiente favorável para investimentos, diz o presidente da Fiems.
De acordo com a Fiems, a indústria deve movimentar R$ 38,5 bilhões, 6,8% a mais do que em 2017. Ele destaca a segurança jurídica com a convalidação dos incentivos, estabilização das taxas de juros e crédito do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) e mudanças na legislação trabalhista como ações favoráveis à retomada do crescimento.
As exportações também tomarão novo fôlego em 2018 e devem totalizar US$ 3,08 bilhões, 5% a mais do que o volume das exportações do ano passado. O presidente da Fiems destaca, ainda, as previsões de crescimento do número de estabelecimentos industriais no Estado.
Sérgio Longen calcula que Mato Grosso do Sul vai fechar o ano com 7.450 empresas ativas, 2,8% a mais que em 2017. O setor deve garantir neste ano emprego com carteira assinada a 124.450 trabalhadores.
A política fiscal é a grande âncora do desenvolvimento econômico. Para o Governo do Estado, os investimentos devem levar em conta a vocação regional, o potencial produtivo de cada região, agregando valor aos produtos locais.
Comércio O presidente
da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso do Sul
(Fecomércio-MS), Edison Araújo, diz que a política de incentivos e a
desburocratização de processos de licenciamento ambiental adotadas pelo Governo
do Estado contribuem com a competitividade das cadeias produtivas e das
empresas. Segundo ele, a expansão industrial é preponderante para o crescimento
do comércio e setor de serviços.