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Sidrolandia

"Estou tentando esquecer", diz agente penintenciário que matou jovem em show

Por telefone, o agente afirmou que ainda está muito abalado com o que houve e finalizou dizendo: "estou tentando esquecer tudo".

Correio do Estado

16 de Outubro de 2017 - 15:39

Em liberdade desde a última terça-feira (10), o agente penitenciário Joseilton de Souza Cardoso, 37 anos, indiciado pelo assassinato de Adilson Silva Ferreira dos Santos, 23 anos, disse hoje (16) que ainda não está em condições de comentar o caso.

O crime foi no dia 24 de setembro, durante um show no estacionamento do Shopping Bosque dos Ipês, em Campo Grande.

Questionado pelo site sobre sua versão dos fatos, o agente disse que prefere não conceder entrevista neste momento. 

Por telefone, o agente afirmou que ainda está muito abalado com o que houve e finalizou dizendo: "estou tentando esquecer tudo".

A prisão de Joseilton foi revogada pelo juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, Carlos Alberto Garcete de Almeida, na semana passada. Na decisão, o magistrado determinou que o agente cumpra medidas cautelares como o comparecimento por mês em juízo, até o dia 5 de cada mês, para comprovar o endereço fixo. 

Cardoso teve ainda o direito de porte de arma suspenso até o final do processo e, caso descumpra alguma determinação do juiz, voltará para a cadeia. 

Para a concessão da liberdade, Garcete considerou que os motivos que levaram a prisão preventiva do agente “não mais existem”, levando em conta, ainda, profissão definida, residência fixa, que facilita intimições futuras, e também que ele não representa riscos à sociedade. Ele está afastado das funções no presídio federal.

“Não há indícios de que o requerente seja pessoa agressiva ou possa vir a agredir ou ameaçar possíveis testemunhas, de forma a manter sua prisão com fundamento na conveniência da instrução criminal”, ponderou o magistrado.

O agente penitenciário permanece recebendo salário do governo federal. Em setembro, de acordo com o portal da transparência, os vencimentos dele foram de R$ 6.406,35 (bruto). Ele ainda recebeu R$ 458 de verba indenizatória.

O CASO

Adilson dos Santos foi morto por tiro disparado pelo agente penitenciário federal na madrugada do dia 24 de setembro. Testemunhas mencionaram que a discussão entre os dois começou porque um queria ir no banheiro na frente do outro.

Depois de bate-boca, na versão de Joseilton, Adilson o teria agredido. Para revidar, ele sacou a arma e disparou contra a vítima. O tiro acertou o peito do rapaz. O agente foi preso em flagrante e levado para delegacia. A arma que ele usava, uma pistola .40, foi apreendida.