Sidrolandia
Fachin abre mão da relatoria de investigação sobre Rodrigo Maia
Presidente da Câmara é suspeito de receber propina da Odebrecht. Para relator da Lava Jato, caso não tem relação com Petrobras.
G1
17 de Outubro de 2017 - 17:39
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou um pedido da defesa e abriu mão da relatoria de uma investigação sobre o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ).
O deputado é suspeito de receber propina de ao menos R$ 950 mil da Odebrecht entre 2008 e 2014 em troca de favores à empresa.
Relator da Operação Lava Jato na Corte, o ministro entendeu que o caso não tem relação com os casos de corrupção na Petrobras e, por isso, remeteu o inquérito à presidente do STF, para sortear um novo relator para a investigação.
Ao que tudo indica, o Grupo Odebrecht se utilizava de planilhas para controlar o pagamento de propinas relacionadas aos negócios espúrios celebrados por intermédio de agentes públicos não só com a Petrobras S/A, mas também com outras empresas e órgãos estatais, exsurgindo, daí, a prescindibilidade da tramitação conjunta dos inquéritos, escreveu o ministro.
Nesse inquérito, Rodrigo Maia é investigado junto com seu pai, o vereador do Rio de Janeiro César Maia (DEM), pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
O presidente da Câmara é também alvo de outro inquérito, dentro da Lava Jato, junto com outros parlamentares do PMDB, pela aprovação de uma medida provisória para beneficiar a Odebrecht essa investigação, contudo, permanece sob a relatoria de Fachin.