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Sidrolandia

Família de Mayana espera que morte sirva de exemplo

Todos nós estamos no trânsito e podemos ser alvo de um acidente”, disse Cláudio.

Campo Grande news

25 de Junho de 2010 - 16:50

O velório de Mayana de Almeida Duarte, de 23 anos, está acontecendo no cemitério Parque das Primaveras em Campo Grande desde às 14 horas. Mesmo com o clima de desolação, a família espera que o triste episódio sirva de exemplo para pais e motoristas.

Segundo Cláudio Motta, tio de Mayana e corretor de imóveis, o caso deve ser avaliado por toda a sociedade. “É preciso que as pessoas se conscientizem para evitar uma tragédia como essa, a primeira na nossa família. Todos nós estamos no trânsito e podemos ser alvo de um acidente”, disse Cláudio.

O tio da jovem reforça que, com duas filhas, uma de 14 e outra de 19 anos, a atenção não deve ser reduzida nunca. “Minha filha de 19 anos está no primeiro ano de Odontologia, dirige por aí e é consciente. Ela está revoltada com a morte da prima e espera pela justiça”, falou o corretor de imóveis.

A mãe de Mayana, Marizete Sandim Almeida, está sob efeito de sedativos desde a 1 da manhã e o pai, Marco Aurélio Duarte, está sem condições de conversar com a imprensa. O tio ficou responsável por cuidar de questões práticas do velório. O cemitério está lotado de familiares e amigos da faculdade de Direito, com movimento intenso no estacionamento.

O tio de Mayana contou ao Campo Grande News que durante o período que a jovem ficou no hospital, a esperança era de que ela se recuperasse. Com a morte, a família vai procurar os meios jurídicos para responsabilizar os culpados. “A justiça tem de ser feita”.

A morte foi registrada à meia-noite e meia desta sexta-feira, mas o IML (Instituto Médico Legal) somente liberou o corpo às 14 horas. O enterro está marcado para às 16h30.

Caso - No dia 14 de junho, às 3 horas da manhã, Mayana descia pela Rua José Antônio no Celta, placa HSY-5724, quando foi atingida pelo Vectra, placa CCY-1805, conduzido por Anderson de Souza Moreno, 19 anos, conhecido como Fuscão, que descia a Avenida Afonso Pena. O Celta ficou destruído, e parou há 24 metros da colisão, destruindo um banco de concreto no canteiro da avenida.

Segundo testemunhas, Fuscão disputava um racha com um Fiat Uno, placa HRU-5334, conduzido por Willian Jhonny de Souza Ferreira, de 25 anos. Os veículos já haviam “furado” o sinal vermelho da Rua 13 de Junho e estavam em alta velocidade. Os dois jovens apresentavam sinais de embriaguez, mas se recusaram a realizar o teste do bafômetro.

No último dia 23, Anderson prestaria depoimento no 1° DP, mas não compareceu.