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Sidrolandia

Fiems quer mais transparência na indexação de juros do FCO Empresarial

Durante reunião realizada na sede da CNI (Confederação Nacional da Indústria), em Brasília (DF), o presidente da Fiems, Sérgio Longen, defendeu mais transparência na correção das taxas, além da criação de um grupo de trabalho para acompanhar os novos regramentos.

Daniel Pedra/Fiems

01 de Março de 2018 - 09:26

Fiems quer mais transparência na indexação de juros do FCO Empresarial

Após registrar recordes em Mato Grosso do Sul, a liberação de recursos do FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste), na Modalidade Empresarial, estacionou em 2018 devido às mudanças na indexação das taxas de juros da linha de crédito. Durante reunião realizada na sede da CNI (Confederação Nacional da Indústria), em Brasília (DF), o presidente da Fiems, Sérgio Longen, defendeu mais transparência na correção das taxas, além da criação de um grupo de trabalho para acompanhar os novos regramentos.

“A indexação dos juros do FCO Empresarial por uma cesta de indexadores de juros, que acabam não sendo claros para investimentos, preocupa. Estamos praticamente em março e o Banco do Brasil ainda não conseguiu operar por causa de questões burocráticas, várias amarras foram criadas”, declarou Longen, direcionando a análise especialmente aos empresários da indústria da Região Centro-Oeste, que são os beneficiados com o Fundo.

O presidente da Fiems, então, propôs aos presentes a criação de um grupo de trabalho composto por representantes dos Estados do Centro-Oeste e que, segundo ele, deve tomar corpo já a partir deste mês de março. “Sugeri que a gente mude essas regras, algo que a partir de março ganha corpo. Precisamos dar mais oportunidades para quem quer investir. Os fundos constitucionais têm recursos e os índices de inadimplência são considerados mínimos diante do montante que circula, então precisamos reduzir a burocracia e tornar mais claras as taxas de juros”, ressaltou.

No início de fevereiro, durante reunião de representantes do setor produtivo de Mato Grosso do Sul, o superintendente do Banco do Brasil no Estado, Glaucio Zanettin, anunciou que as operações de contratação na Modalidade Empresarial ficariam suspensas e a previsão de retomada seria até o fim de março. “O FCO Empresarial passa a ter um regramento e correção através da taxa de longo prazo, assim como trabalha o BNDES para operações de investimento. Estamos aguardando ajustes no sistema para anunciarmos a retomada das operações, mas o sistema dever ser normalizado até março”, explicou.

Recursos

A redução da inflação, a queda na taxa de juros e a melhoria das condições do mercado de crédito levam a um momento propício para que a aplicação de recursos do FCO para Mato Grosso do Sul bata novos recordes em 2018. O presidente da Fiems, Sérgio Longen, colocou como meta a liberação de R$ 2,5 bilhões em créditos para industriários, comerciantes e produtores rurais investirem em seus empreendimentos.

A ideia é somar esforços com o Banco do Brasil, que detém a carteira de créditos do FCO, para superar os R$ 2,133 bilhões em contratações realizadas no Estado em 2017, segundo dados consolidados da instituição. Deste montante, R$ 1,475 bilhão foram liberados no âmbito do FCO Rural, e R$ 675 milhões para o FCO Empresarial.

“Vamos mapear onde foram aplicados os recursos de 2017 e onde o recurso não chegou, o que nos dará um norte para começarmos a avançar nos trabalhos deste ano. Identificando essas duas frentes, poderemos organizar missões empresariais para essas regiões, buscando como meta para 2018 aplicar R$ 2,5 bilhões do FCO. Vamos dar todo suporte para que esse crédito chegue até as empresas, sejam elas do agronegócio ou empresariais”, afirmou Longen.