Sidrolandia
Fotógrafo do DF ganha prêmio em concurso internacional com imagem de tamanduá atacando cupinzeiro
Registro venceu na categoria "Animais em seus ambientes" do "Wildlife Photographer of the Year". Organizado pelo Museu de História Natural de Londres, concurso é considerado um dos principais de fotografia de natureza.
G1
19 de Outubro de 2017 - 10:05
O fotógrafo brasiliense Marcio Cabral foi um dos vencedores da edição deste ano do Wildlife Photographer of the Year um dos principais concursos internacionais de fotografia de natureza com a foto de um tamanduá-bandeira devorando cupins bioluminescentes durante a noite no Parque Nacional das Emas (GO). O anúncio ocorreu na noite desta terça-feira (18), no Museu de História Natural de Londres, organizador da competição.
O registro foi batizado de The Night Raider. A categoria em que ele venceu foi Animais em seus ambientes.
De acordo com a descrição da imagem divulgada pelo site do concurso, Cabral passou três anos visitando o parque à espera das condições adequadas para fazer a foto. Depois de dias de chuva, um tamanduá atacou o cupinzeiro por tempo suficiente para que o fotógrafo fizesse uma única imagem de longa exposição.
Cabral, que é formado em geografia, começou a fotografar profissionalmente há 20 anos. O trabalho dele já foi publicado em várias revistas de turismo e livros. Ele também realiza workshops e organiza expedições fotográficas no Brasil e em países vizinhos.
Fotografia de Marcio Cabral no rio Sucuri em Bonito (MS) entrou para Guiness World Records (Foto: Marcio Cabral/ Arquivo Pessoal)
No ano passado, uma foto do geógrafo foi eleita pelo Guinness World Record como a maior foto panorâmica subaquática do mundo. O registro, no rio Sucuri, em Bonito (MS), é de fevereiro de 2015 e tem mais de 220,5 megapixels, segundo o site ofocial do Guiness World Record.
"Gosto mais de natureza, de paisagens, imagens panorâmicas, em 360°. Moro em Brasília, então costumo fotografar a Chapada dos Veadeiros. Em Bonito, já ganhei vários concursos também. O pessoal de fora está gostando muito de lá [paisagem de Bonito] porque é diferente", disse na ocasião.
O concurso
Ao todo, 15 categorias integram o Wildlife Photographer of the Year. Neste ano, houve cerca de 50 mil inscrições de fotógrafos profissionais e amadores de 92 países. Os vencedores foram selecionados com base em critérios como criatividade, originalidade e excelência técnica.
O grande vencedor do concurso foi o sul-africano Bremt Stirtom, que fotografou um rinoceronte negro morto com o chifre arrancado. A fotografia foi feita na reserva florestal Hluhluwe Imfolozi, a mais antiga do país. O animal foi morto por caçadores com armas com silenciadores durante a noite. O registro faz parte de uma investigação sobre o comércio ilegal de chifres de rinocerontes.