Frigorifico começa a funcionar nesta sexta-feira e planeja iniciar exportações em 6 meses

Após 4 anos sem atrair um grande investimento, Sidrolândia passa a contar a partir desta sexta-feira com um frigorifico de grande porte, o Balbinos, que começa abater em caráter experimental e planeja estar funcionando dentro de 45 dias, com a capacidade máxima de abate, de mil cabeças por dia. Já na segunda-feira está programado o abate de 500 cabeças, que corresponde à metade da capacidade da planta.

O plano da empresa, que já contratou aproximadamente 200 funcionários, é a partir de janeiro colocar em operação a sala de desossa e iniciar as exportações de miúdo para a China, embora haja um prazo de seis meses para entrar neste segundo estágio.

Neste primeiro mês de funcionamento pelo menos 20 caminhões (boiadeiros e frigoríficos) vão atravessar o Bairro São Bento e o Jardim Paraíso, percorrendo as ruas Generoso Ponce, Oscar Ferreira de Brito e Dr. Costa Marques, porque a Prefeitura (a antiga e a atual gestão) não conseguiu concluir o acesso pela MS-162 por uma avenida de 5 quilômetros, com traçado planejado para atravessar 8 hectares de duas propriedades que o município recebeu em doação, numa iniciativa dos proprietários, intermediada pelo corretor Clédio Santiani.

A expectativa é de que o acesso (em uma pista cascalhada) fique pronto ainda no primeiro semestre de 2018. O Governo do Estado já garantiu os recursos (R$ 411 mil, do Fundo de Desenvolvimento da Indústria), mas falta a Prefeitura fazer o projeto executivo, o Imasul licenciar a construção da travessia sobre a nascente do Córrego Água Azul e a Agesul fazer a licitação.

Na semana passada a Prefeitura fez o revestimento primário do trecho final da Rua Dr. Costa Marques. A empresa investiu aproximadamente R$ 12 milhões, desde a aquisição das antigas instalações do matadouro, até a montagem de câmeras frigoríficas e toda sua estrutura industrial.

Só o processo de licenciamento ambiental para obter o cascalho usado no pátio do frigorífico, se arrastou por 8 meses. A Prefeitura concedeu como incentivo à isenção de IPTU (embora o imóvel não tivesse no cadastro imobiliário, urbano) e do ISSQN (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza).

O setor tributário da Prefeitura calculou que a isenção, livrará a empresa de pagar R$ 115.480,44 de ISSQN, mas não tem estimativa sobre o IPTU, porque só neste ano, o imóvel será lançado no cadastro imobiliário. A perda de receita (no caso do ISSQN) será compensada pelo incremento na receita com o ITR, que neste ano deve ter um incremento de R$ 1,3 milhão em relação a 2016 (salta de R$ 5 para R$ 6,3 milhões).