Sidrolandia
Já de alta, Kelvin, precisa de kit domiciliar para deixar Santa Casa e vir pra casa
Durante estes meses de internação quem acompanha Kelvin no hospital é o pai dele, Wilson de Oliveira Freitas, que perdeu o emprego na JBS.
Flávio Paes/Região News
25 de Dezembro de 2017 - 19:46
Com alta desde a semana passada, o pequeno Kelvin continua internado na Santa Casa. Ele chegou ao hospital no último dia 9 de setembro, quando tinha completado três dias de vida, após sofrer um edema cerebral que o deixou dois meses em coma, não pode voltar pra casa, na Aldeia Lagoinha, a 30 quilômetros da área urbana.
Ele precisa de um kit, que inclui um concentrador de oxigênio que custa em torno de R$ 2.700,00, além de sessões semanais de fisioterapia e com uma fonoaudióloga, para deixar o hospital, um ambiente contaminado, onde se expõe ao risco de contrair infecções. Kelvin se alimenta com sonda, fez traqueostomia e depende de um cilindro de oxigênio para respirar.
Durante estes meses de internação quem acompanha Kelvin no hospital é o pai dele, Wilson de Oliveira Freitas, que perdeu o emprego na JBS. A mãe do bebê, Ediane Gabriel Nascimento, 22 anos, sofre com dores terríveis, sintoma da inflamação nas articulações dos dedos dos pés que praticamente a impede de permanecer em pé e aguarda cirurgia.
A médica que atende a criança na Santa Casa, a pediatra Mari Bassi, ainda não tem um diagnóstico da origem dos problemas de saúde enfrentados por Kelvin. Estão sendo feitos exames de cultura e só em 90 dias os resultados laboratoriais devem estar prontos.
Ele nasceu no Hospital Elmiria Silvério Barbosa dia 06 de setembro, em parto normal (na modalidade humanizado). Na noite que foi pra casa passou mal, teve de voltar para o hospital, sendo encaminhado na vaga zero para Campo Grande. Ele teve um quadro de hipoglicemia (baixo nível de glicose no sangue), que rapidamente evoluiu para um edema cerebral (inchaço do cérebro). Por dois meses ficou em coma e só voltou a recobrar gradativamente os sentidos há 30 dias.
A pediatra diz que seu quadro atual (se alimentando por sondas, com traqueostomia), é irreversível, precisando de ajuda mecânica para respirar. Está convencido que ele pode ficar em casa, desde que passe por sessões de fisioterapia e fonoaudiologia uma vez por semana, para ajudar a eliminar as secreções do pulmão, melhorar a salivação. A cada três meses terá de ir à Campo Grande passar pelo médico e trocar a prótese da traqueostomia.
Na aldeia mora uma pessoa que é formada é fisioterapia", explica o pai, Wilson, lembrando que isto já vai facilitar a vinda de Kelvin. Ele precisará de um oxímetro de pulso; um ambu pediátrico; um concentrador de oxigênio e um cilindro de oxigênio. Além dos materiais de consumo diário como álcool, sondas de aspiração, luvas descartáveis e gazes.