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Sidrolandia

Jovem que estava com atropelador de Rafael chega para prestar depoimento

Filho de Cissa Guimarães morreu na terça-feira passada. Atropelador acusa PMs de pedirem propina para o liberarem.

G1

27 de Julho de 2010 - 13:35

O jovem que estava no banco do carona do atropelador de Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães, chegou às 14h desta terça-feira (27) para prestar novo depoimento na 15ª DP (Gávea). Segundo a polícia, André Liberal terá que esclarecer como foi a abordagem feita pelos dois PMs, que são acusados pelo pai do atropelador de pedir propina.

Rafael Mascarenhas morreu atropelado na madrugada de terça-feira (20) quando andava de skate com amigos no Túnel Acústico, na Zona Sul do Rio. O túnel estava com um trecho interditado no momento para manutenção.

A missa de sétimo dia da morte do músico será realizada nesta terça-feira (27), às 19h30, na Igreja Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, na Zona Sul do Rio.

Atriz Cissa Guimarães manda mensagem no twitter

A atriz Cissa Guimarães se pronunciou em sua conta no Twitter, rede social de microblog, sobre o acidente que matou o seu filho mais novo. Ela também mudou a foto de sua conta, com uma imagem em que ela aparece ao lado de Rafael.

"Meus amigos muito, muito queridos, só estou conseguindo respirar através do carinho de vocês", escreveu no sábado (24) a atriz. "Sei que meu filho Rafael está nos iluminando e protegendo, a todos", dizia outro post. "Meu coração dilacerado agradece sinceramente a todos vocês e peço que tomem conta de mim. Beijos", foi o último texto publicado.

Aos poucos, a atriz tenta voltar à vida normal. Segundo a assessoria de imprensa da peça "Doidas e santas", protagonizada por Cissa, ela deve subir aos palcos novamente nesta quinta-feira (29).

Polícia reconstitui acidente em túnel

A Polícia Civil do Rio fez na madrugada desta terça-feira (27) a reconstituição do atropelamento que provocou a morte de Rafael Mascarenhas.

O túnel foi interditado à meia-noite de segunda (26). O jovem que confessou ter atropelado o músico, os três rapazes que estavam com ele e dois amigos de Rafael, ambos skatistas, participaram da reconstituição. Dois irmãos do músico também acompanharam a reprodução simulada.

Os policiais militares que interceptaram o motorista envolvido no atropelamento do músico não foram chamados para participar da reconstituição. Eles cumprem prisão administrativa por 72 horas no batalhão do Leblon, na Zona Sul do Rio. Em depoimento, Roberto Bussamra, pai de Rafael Bussamra, contou que o filho foi coagido a pagar propina para os policiais.

Irmão de Rafael diz que espera justiça
Os irmãos de Rafael, Thomaz e João Velho, acompanharam o trabalho pericial com atenção. Ainda muito abalado, João disse que espera justiça no fim das investigações. Os irmãos deixaram o local por volta das 2h50 desta terça-feira acompanhados de amigos. João Velho contou que compareceu ao local também para dar apoio aos amigos do irmão.

"Vim dar apoio aos amigos do Rafael. A gente confia muito no trabalho da polícia. Foi um momento muito difícil a gente vir para cá. Tudo está sendo muito difícil. Desde o momento que eu cheguei até agora. Tudo é muito difícil", disse João Velho.

João Velho, irmão de Rafael Mascarenhas, acompanhou o
trabalho pericial. Abalado, disse que 'espera justiça'.João Velho, irmão de Rafael Mascarenhas, acompanhou o trabalho pericial. Abalado, disse que 'espera justiça'. (Foto: Rodrigo Vianna / G1)

Corregedoria da PM pediu prisão preventiva dos PMs
A Corregedoria Interna da Polícia Militar pediu à Auditoria de Justiça Militar que
decrete a prisão preventiva de 30 dias dos dois policiais militares que liberaram o carro do atropelador do músico. As informações são do relações públicas da PM, capitão Ivan Blaz.

A delegada Bárbara Lomba afirmou que os policias podem ser acusados por corrupção passiva e Rafael e Roberto Bussamra por corrupção ativa. Rafael Bussamra, que admitiu ter atropelado Rafael Mascarenhas, ligou para o pai, Roberto que pagou R$ 1 mil aos policiais após o acidente. O pedido dos policiais, segundo ele, teria sido de R$ 10 mil.

O sargento da Polícia Militar Marcelo Leal e o cabo da PM Marcelo Bigon se apresentaram à polícia no fim de semana e estão presos administrativamente no 23º BPM (Leblon), onde trabalhavam.