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Jovens de até 30 anos e com qualificação conseguiram mais empregos em 2017, mostra Caged
Os dados concluem que em 2017 o homem com baixa instrução e da construção civil foi o mais afetado pelo desemprego.
Portal do MS
28 de Janeiro de 2018 - 18:57
Mato Grosso do Sul fechou 6.561 vagas de emprego em 2017, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (26.1) pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Jovens de até 30 anos e com maior grau de instrução tiveram mais sucesso na busca por um emprego, enquanto que pessoas mais velhas e com menos qualificação estão entre os desempregados.
Os números compilados pela equipe econômica da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) mostram que no acumulado dos últimos 12 meses, há uma tendência de recuperação do setor industrial iniciada em dezembro de 2015, embora haja uma retração de 4.749 vagas, sendo 508 na Indústria e 4.241 vagas a menos na Construção Civil.
O titular da Semagro, secretário Jaime Verruck, destaca que apesar da sazonalidade da construção civil é evidente a necessidade de se adotar mecanismo de retomada do setor. Há uma proporcionalidade dessas vagas muito intensa no percentual da economia, por isso é necessário ter uma política de longo prazo para a retomada da construção civil, para termos sinais positivos no país da questão de mão de obra, pontua.
No acumulado dos últimos 12 meses, quase todos os grandes setores apresentaram comportamento de fechamento de postos de trabalho, exceto o comércio, que gerou 223 vagas a mais. A agropecuária fechou 911 vagas nesse período, mas se destaca em termos de tecnologia.
Considerando os dados detalhados no aspecto grau de instrução, é possível verificar que o maior percentual de fechamento de vagas está entre os trabalhadores com fundamental completo (-2.990) e incompleto (-1.694). Enquanto entre os que têm curso superior incompleto foram geradas 601 vagas de trabalho. A crise nos frigoríficos que demandam mão de obra menos qualificada também impactou no total, além do término de grandes obras, como a segunda unidade da Fibria.
As pessoas com menor instrução não conseguiram concorrer a um emprego com as mais qualificadas. Fica evidente que o maior nível de redução das vagas formais ocorreu onde há instrução mais baixa e isso acende um alerta para que a gente faça um processo de educação formal, destaca o secretário.
Os homens foram os que mais perderam emprego (-3.652) em relação as mulheres (-2.909). E considerando a faixa etária, foi maior o percentual de desemprego entre os trabalhadores a partir de 30 anos. Os números mostram que foram geradas 10.600 vagas com perfil para as pessoas até os 24 anos. Há um peso significativo de vagas de trabalho perdidas entre os trabalhadores com mais de 30 anos. A vaga do jovem geralmente é menos remunerada, mas fica claro que quem conseguiu emprego foram os jovens de até 30 anos e com grau de instrução mais elevado, disse o secretário.
Os dados concluem que em 2017 o homem com baixa instrução e da construção civil foi o mais afetado pelo desemprego. Os números sinalizam uma série de desafios em termos de desenvolvimento econômico e cabe a nós melhorar o número de anos de estudos dos trabalhadores sul-mato-grossenses para que eles possam concorrer a essas vagas.