Sidrolandia
Líderes do bloco tentam por gás na candidatura de Murilo
Redação de Noticia
11 de Abril de 2010 - 20:56
Os principais líderes do Bloco Democrático Reformista (PSDB,DEM,PPS) se articulam na tentativa de viabilizar a candidatura do vice-governador Murilo Zauith (DEM) ao Senado nas eleições deste ano, mesmo sabendo das dificuldades diante do cenário desenhado pelo governador André Puccinelli (PMDB).
O que a frente partidária não quer nesse momento é montar um plano B, caso Murilo desista de vez de seu projeto político na eventualidade de não encontrar respaldo dentro do grupo do governador cuja preferência é pela candidatura do deputado federal Waldemir Moka (PMDB).
Essa garantia foi dada na manhã desta quinta-feira pelo presidente regional do PSDB, deputado estadual Reinaldo Azambuja, durante em entrevista à rádio FM Capital.
Azambuja disse que o bloco não tem plano B. Isso aconteceria, segundo ele, somente se Murilo, por alguma razão, achar que não deva disputar o cargo.
O dirigente tucano afirmou que o partido está bem perto de uma aliança com o PMDB, e só aguarda uma resposta do governador André Puccinelli, que deve ocorrer ainda neste mês.
"Neste mês iremos definir a aliança e as chapas proporcionais. O DEM e o PMDB são partidos que têm a mesma visão política, e essa junção será com certeza para melhorar nosso Estado", disse Azambuja.
Ainda durante a entrevista, o deputado confirmou que disputará uma vaga na Câmara Federal e que pretende fazer muito pelos municípios de Mato Grosso do Sul em Brasília.
"Quero lutar por uma fatia maior no FPM (Fundo de Participação dos Municípios) para nosso Estado, pois essa fatia está concentrada em maior parte no Nordeste, tenho certeza que teremos 8 deputados e 3 senadores representando Mato Grosso do Sul com sucesso na bancada federal", previu.
No período da tarde, líderes do bloco se reuniram com o prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), a fim de fechar um acordo visando dar gás a candidatura de Murilo ao Senado.
A estratégia é atrair o apoio do prefeito agora em troca de espaço político lá na frente na região da Grande Dourados, uma vez que o projeto de Nelsinho Trad é disputar à sucessão do governador André Puccinelli no futuro, isso caso o peemedebista garanta sua reeleição em outubro.
Murilo tenta se cercar de todas as garantias possíveis para disputar o Senado com reais possibilidades de vitória. O vice-governador quer que Nelsinho faça sua campanha na região de Campo Grande.
Além do apoio de Nelsinho, Murilo está buscando outras garantias para se candidatar ao Senado. O governador chegou a oferecer uma vaga no TCE (Tribunal de Contas do Estado) e o comando da principal secretaria estadual (Casa Civil) ou de Planejamento, no caso de derrota.
Após todas essas garantias, até mesmo os companheiros de Murilo começaram a pressionar para que ele aceite a disputa pelo Senado.
Os democratas chegaram a convidar a primeira-dama de Campo Grande, Maria Antonieta Trad, para ser suplente de Murilo. Entretanto, o convite chegou tarde. Ela já havia sido convidada para a suplência de Moka.
Murilo tem se reunido constantemente com o governador para tratar de sua candidatura. Ele quer um nome com o DNA de Puccinelli em sua suplência, como garantia de apoio.
Antonieta, Edson Giroto e Carlos Marun já estão descartados. O nome da ex-secretária Tânia Garib foi oferecido a Murilo, mas ele não se decidiu.
O vice-governador tem até junho para decidir se disputa ou não o Senado nas eleições de outubro deste ano.