Sidrolandia
Monitoramento eletrônico é importante para fiscalizar saída de presos
Luiz Paulo Barreto também defendeu a obrigatoriedade do exame criminológico para crimes que envolvam psicopatias graves
Agência Brasil
16 de Abril de 2010 - 07:43
O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, disse ontem (15) que o monitoramento eletrônico pode ser um instrumento importante para fiscalizar presos beneficiados com os saidões de fim de semana e de Natal e com a progressão de regime.
Sozinha ela não resolve o problema, mas pode ser uma ferramenta importante, disse ao participar de audiência pública no Senado sobre o assassinato de seis jovens em Luziânia.
Luiz Paulo Barreto também defendeu a obrigatoriedade do exame criminológico para crimes que envolvam psicopatias graves, como é o caso do pedreiro que assassinou os seis jovens uma semana depois de ter sido beneficiado com a progressão de regime. Ele estava preso há quatro anos por abusar sexualmente de duas crianças.
O juiz responsável pela concessão do benefício, Luiz Carlos Miranda, terá de dar explicações sobre o caso. O ministro disse que já pediu informações mais detalhadas sobre o caso.
É bom saber o que aconteceu nesse processo em que uma pessoa foi solta sem ter condições.
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado também quer ouvir o juiz. O presidente, Demóstenes Torres (DEM-GO), disse que poderá levar o caso ao Conselho Nacional de Justiça. O juiz foi absolutamente negligente.
Causou um transtorno gigantesco.
A CCJ vai ouvir também a promotora Maria José Miranda, da Vara de Execução do Distrito Federal.
Foi ela que analisou detalhadamente o processo e pediu para que o pedreiro Adimar Jesus tivesse a progressão de regime suspensa 23 dias depois de sua soltura.
As mães das vítimas também participaram da audiência pública. À Justiça pedem apenas punição exemplar de Adimar. Minha vida parou.
Preciso ainda pensar em como fazer para voltar a trabalhar, disse Marisa Pinto Lopes, mãe de Divino Luiz, assassinado pelo pedreiro aos 16 anos.