Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Domingo, 24 de Novembro de 2024

Sidrolandia

Monitoramento eletrônico é importante para fiscalizar saída de presos

Luiz Paulo Barreto também defendeu a obrigatoriedade do exame criminológico para crimes que envolvam psicopatias graves

Agência Brasil

16 de Abril de 2010 - 07:43

O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, disse ontem (15) que o monitoramento eletrônico pode ser um instrumento importante para fiscalizar presos beneficiados com os saidões de fim de semana e de Natal e com a progressão de regime.“

Sozinha ela não resolve o problema, mas pode ser uma ferramenta importante”, disse ao participar de audiência pública no Senado sobre o assassinato de seis jovens em Luziânia.

Luiz Paulo Barreto também defendeu a obrigatoriedade do exame criminológico para crimes que envolvam psicopatias graves, como é o caso do pedreiro que assassinou os seis jovens uma semana depois de ter sido beneficiado com a progressão de regime. Ele estava preso há quatro anos por abusar sexualmente de duas crianças.

O juiz responsável pela concessão do benefício, Luiz Carlos Miranda, terá de dar explicações sobre o caso. O ministro disse que já pediu informações mais detalhadas sobre o caso. “

É bom saber o que aconteceu nesse processo em que uma pessoa foi solta sem ter condições.”

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado também quer ouvir o juiz. O presidente, Demóstenes Torres (DEM-GO), disse que poderá levar o caso ao Conselho Nacional de Justiça. “O juiz foi absolutamente negligente.

Causou um transtorno gigantesco.”
A CCJ vai ouvir também a promotora Maria José Miranda, da Vara de Execução do Distrito Federal.

Foi ela que analisou detalhadamente o processo e pediu para que o pedreiro Adimar Jesus tivesse a progressão de regime suspensa 23 dias depois de sua soltura.

As mães das vítimas também participaram da audiência pública. À Justiça pedem apenas punição exemplar de Adimar. “Minha vida parou.

Preciso ainda pensar em como fazer para voltar a trabalhar”, disse Marisa Pinto Lopes, mãe de Divino Luiz, assassinado pelo pedreiro aos 16 anos.