Moradores da João Straliotto enfrentam alagamentos e ficam ilhados em dia de chuva

Motivo de comemoração quando foram iniciadas no final de julho, as obras de pavimentação da Rua João Straliotto, no conjunto Morada do Serra, se transformaram em motivo de dor de cabeça para os moradores. A empreiteira, depois de deixar quase pronta a drenagem, há 30 dias interrompeu o serviço e só deve retomar quando o Estado normalizar os pagamentos em atraso.

Neste domingo chuvoso, a população voltou a conviver com a mesma situação que enfrentou há 10 dias, quando também choveu: a enxurrada alagou algumas casas; em outras a fossa transbordou e o pior, muitos ficaram o dia inteiro ilhados, sem terem como sair porque estão cercados por "montanhas" de aterro que a empreiteira deixou.

Diante da morosidade da obra, num trecho de aproximadamente um quilômetro, a quem lembre com saudade da época em que a rua era cascalhada e a empreiteira não abriu valeta, remexeu a terra, para fazer a drenagem. “Antes não tinha lama, mesmo quando chovia forte”, lembra dona Lucilene Marques Freitas.

A família do trabalhador da construção civil Arielto do Nascimento Silva, está literalmente ilhada dentro da casa. Tem dificuldade para levar o filho à escolar e ir ao trabalho de bicicleta.

A casa do vizinho, Roberto Batista, alagou e as fossas transbordaram. A enxurrada que deveria escoar pela rua, foi obstruída pelos aterros que a empreiteira deixou no meio da pista e com isto a água da chuva ficou represada provocando alagamento.

O comerciante Sebastião Martins, dono da Padaria Doce Sabor, sofre com a queda do movimento desde o início das obras. O problema se agravou desde que há um mês a empreiteira interrompeu o serviço e deixou pra traz buracos abertos para implantação da drenagem.

Projeto redimensionado

A pavimentação da Rua João Straliotto está sendo executada ao custo de R$ 1.058,610,87, redução de R$ 118.239,33 sobre o valor projetado pela Agesul (R$ 1.176.850,20). Com isto a contrapartida estadual caiu de R$ 190.250,20, para R$ 72.010,87, completando o recurso liberado pelo Ministério das Cidades, que foi de R$ 986.600,00, emenda do deputado federal Carlos Marun.

O projeto teve de ser redimensionado porque o Governo do Estado reduziu de 100 para 19,29% a contrapartida, que o com resultado da licitação, caiu para 7,20%. Se tivesse sido mantida a paridade prometida (de para cada real do Ministério, haveria outro real de contrapartida estadual), estariam disponíveis R$ 1.973.200,00, o que possibilitaria a pavimentação de todas as ruas do bairro.