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Sidrolandia

Municipalização da merenda preocupa prefeitos de todo o País

A intenção da CNM é fazer com que os gestores municipais acompanhem as transferências de recursos para a garantia da oferta da merenda

Assomasul

14 de Setembro de 2010 - 10:43

A CNM (Confederação Nacional de Municípios) alerta aos gestores que receberam do governo do Estado a delegação pela oferta da merenda em escolas estaduais para que estejam atentos aos custos da merenda e às novas responsabilidades.

A possibilidade de municipalização da merenda está descrita na legislação do Pnae (Programa Nacional de Alimentação Escolar), mas ainda gera dúvidas entre municipalistas.

A intenção da CNM é fazer com que os gestores municipais acompanhem as transferências de recursos para a garantia da oferta da merenda.
A decisão dos Estados deve ter a aceitação dos respectivos Municípios antes de ser encaminhada ao FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação).
 
A municipalização da merenda é uma questão delicada pelo fato de o Pnae ter caráter suplementar e não cobrir todos os custos que os gestores assumem com a alimentação escolar dos alunos.
 
Por esta razão, a Confederação alerta que será preciso acompanhar e cobrar dos Estados a previsão de transferência de recursos próprios estaduais a título de complementação financeira para aquisição de gêneros alimentícios.
 
Preocupações
 
Uma grande preocupação do presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, é com o repasse de recursos que garantam uma merenda escolar de qualidade para os alunos. Em 2010, 47 milhões de alunos serão atendidos pelo Pnae.
 
Serão repassados R$ 3 bilhões para Estados e Municípios no período, mas o custo, segundo Ziulkoski, será bem mais alto. “Mesmo com o aumento de 36% que o Pnae teve em 2009, se o valor de 1994 tivesse acompanhado a inflação acumulada no período de 1994 a 2010, o per capita do Pnae deveria ser de R$ 0,44”, afirma.
 
Atualmente, para cada aluno da pré-escola, dos ensinos fundamental e médio e da Educação para Jovens e Adultos (EJA) são repassados R$ 0,30 por dia. Já para os alunos das creches, indígenas e quilombolas este custo sobe para R$ 0,60 aluno/dia.