Na Bahia, palanque duplo de Dilma resiste a prieiro teste

Terminou sem maiores incidentes a convenção do PMDB da Bahia que lançou nesta segunda-feira (21) Geddel Vieira Lima candidato ao governo do Estado. O candidato cumpriu o acordo de evitar ataques ao adversário petista Jacques Wagner, salvando Dilma Rousseff do mal-estar. Por enquanto, o arriscado palanque duplo baiano resistiu ao primeiro teste.Geddel discursou apresentando-se como candidato da mudança, homem ligado a Dilma e capaz de trazer e administrar investimentos federais na Bahia. Apresentou um programa de governo desenvolvimentista, afinado com o estilo da ex-ministra, que, por sua vez, repetiu o mesmo mote de discursos proferidos até aqui, defendendo a importância de dar continuidade à distribuição de renda, aos avanços sociais e a estabilidade econômica promovidos pelo governo Lula. Dilma apresentou “mais do mesmo”, sem entusiasmar a plateia. Desta vez, num raro improviso, acabou admitindo que não tem experiência nas urnas, mas sim na gestão.

Não há garantias, no entanto, de que o equilíbrio delicado entre PT e PMDB perdure durante a campanha, tendo de um lado o explosivo e imprevisível Geddel e, de outro, o favorito nas pesquisas, Jacques Wagner. Mas nesta primeira passagem de Dilma como candidata por Salvador, tudo indica que os mesmos orixás que protegem Lula deram uma mãozinha também para sua protegida.