Não pretendo assumir a Petrobrás” diz senador Delcídio

O senador Delcídio do Amaral (PT) reeleito para um mandato de mais oito anos de senador por Mato Grosso do Sul negou ontem em Dourados que possa assumir a Petrobrás, caso da candidata Dilma Rousseff (PT) seja eleita presidente da República no próximo dia 31 de outubro.

A especulação, veiculada em diversos órgãos de imprensa é negada pelo senador que alega não pretender cargo de executivo no Governo Federal, situação que ele já viveu no governo de Itamar Franco. “Eu me elegi senador e quero ser senador, eu tive uma votação espetacular, mais de 826 mil votos, isso é um recorde, as pessoas votaram em mim para senador da República e essa votação aumenta ainda mais a nossa responsabilidade, eu acho que posso ajudar a Dilma com aquilo que eu já vivi dentro dentro de governo, dentro de empresas, executivo eu já fui, agora eu acho em tenho que trabalhar duro, fazer com que a Dilma ajude o Mato Grosso do Sul trazendo cada vez mais recursos e dando continuidade, consolidando vários programas para o Brasil, ajudar a seguir mudando”.

No entanto a possibilidade de Delcídio do Amaral disputar o Governo do Estado em 2014, segundo ele é real, o que também reforçaria o interesse dele em continuar no Mato Grosso do Sul. “Esta possibilidade, sim, existe, inclusive esta é mais uma das razões que explica a minha permanência no Estado, acompanhar muito de perto, trabalhar duro porque eu acho que última votação me legitima a pelo menos ser um pré-candidato ao Governo do Estado e eu vou me preparar para isso também, eu nasci lá na beira do Rio Paraguai, lá em Corumbá, andei este Brasil inteiro, eu acho que pra mim vai ser uma honra governar o Estado que eu nasci, mas tem que trabalhar, tem que continuar fazendo a boa política, a política do bem, voltada especialmente a uma qualidade de vida melhor e o crescimento das pessoas”, disse Delcídio.

Quanto a vitória do governador André Puccinnelli ao Governo do Estado Delcídio analisou da seguin te forma: “Ganhar ou perder a eleição é da vida, é do jogo, e um candidato que sai a reeleição é difícil perder, por isso que a gente precisa fazer a reforma política logo nos primeiros seis meses do próximo governo, disputar reeleição dentro do mandato, eleição a cada dois anos, acho que quando nós saímos de uma ditadura e começamos a consolidar a nossa democracia era até uma coisa razoável, agora acho que não tem mais sentido”.

Ao analisar o quadro de crise política porque Dourados está passando Delcídio chegou conclui desta forma: “Sempre colaborei com Dourados, eu sou parceiro de Dourados, independentemente das circunstâncias eu tenho uma folha de serviços prestados, sou presente em Dourados, sempre estive e sempre estarei em Dourados, respeito muito a população do município, esse caráter empreendedor, pessoas que trabalham, pessoas que honram a cidade e nós estamos juntos, vamos somar para continuar trazendo recursos para Dourados para que ela possa se projetar cada vez mais como uma das principais cidades do Centro-Oeste, independente de quem seja o prefeito, no meu mandato eu não vi partido, também não vi se o prefeito era a favor ou contra, eu ajudei e continuei trabalhando porque eu tenho compromisso com a sociedade e vou continuar agindo assim”.

A visita do senador Delcidio Amaral ontem em Dourados teve caráter político. Ele veio se engajar na campanha da candidata Dilma Rousseff a presidência pelo Partido dos Trabalhadores contra José Serra do PSDB. Junto com ele no mesmo avião desembarcou em Dourados o senador Valter Pereira (PMDB). “Nós estamos trabalhando, é importante esta caminhada com todas as lideranças do PT, dos partidos aliados, nós estamos fazendo campanha não só em Campo Grande, mas em todo o interior, agora conseguimos liberar material suficiente, o nosso pessoal está circulando nos municípios, eu tenho feito caminhada em boa parte de Mato Grosso do Sul e sinto que o quadro nos é favorável”, disse Delcídio.