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Sidrolandia

Nos jornais: com subida de Dilma, PT e Lula "enquadram" PMDB

Redação de noticia

25 de Maio de 2010 - 08:13

Com subida de Dilma, PT e Lula 'enquadram' PMDB 
 
Com o crescimento da petista Dilma Rousseff nas pesquisas sobre a disputa presidencial, o PT e o presidente Lula pretendem engrossar o discurso na relação com o PMDB, o aliado preferencial pelo tempo na TV e pela estrutura país afora , que até agora só cobrou faturas. Há forte clima de desconfiança entre os dois partidos, mas agora o próprio Lula, que vem se queixando há tempos da voracidade do PMDB, fala em enquadrar o aliado. A pesquisa Datafolha, que mostra a consolidação de Dilma com o eleitorado, será usada para tentar mudar parâmetros dessa relação. Em conversas reservadas, Lula afirma que o PMDB passou do limite em cobranças para retirada de candidaturas de petistas nos estados. Até então, com Dilma em desvantagem, o presidente estava em silêncio. Agora, está disposto a convocar o PMDB e cobrar reciprocidade. Petistas próximos a Lula já verbalizam publicamente o novo tom do discurso.

- Estamos tratando o PMDB melhor do que estamos sendo tratados. Está desigual. O PMDB tem de saber o que quer. Não pode fazer exigência todo dia. Acho desequilibrada a aliança PTPMDB, em desfavor do PT. Todo mundo adora um grau de fidelidade ao projeto, não só adesão, conveniência, disse o governador Jaques Wagner (PT-BA).

Dilma levou maquiadora para Nova York 
 
O PT paga. Essas palavrinhas mágicas têm aberto um mundo de gastos na pré-campanha da petista Dilma Rousseff. Às despesas com jatinhos, casas no Lago Sul, equipe completa de assessores, fonoaudióloga, assessora de imagem e novo guarda-roupa, se somam o salário e gastos para que a maquiadora Rose Paz acompanhe Dilma, retocando sua maquiagem várias vezes ao dia. Para garantir a manutenção do look criado pelo cabeleireiro e maquiador Celso Kamura, a la Carolina Herrera, na passagem da petista por Nova York, o PT pagou cerca de R$ 12.800 pela viagem e pela hospedagem de Rose Paz no luxuoso Four Seasons por quatro dias.

Aécio, via aliados, diz que não aceita pressão 
 
O aumento da pressão para que Aécio Neves aceite ser vice na chapa presidencial encabeçada pelo tucano José Serra levou os aliados do ex-governador mineiro a entrarem em campo para evitar que ele seja posto contra a parede. Estrategicamente, Aécio adiou sua volta das férias para amanhã, mas manteve contato permanente pelo telefone com esse grupo, sem dar sinais de que poderá mudar de planos e desistir da candidatura ao Senado.

Tucanos já não esperam recuperar larga vantagem 
 
Após uma hora e meia de reunião, o comando da campanha presidencial do PSDB revelou ontem um diagnóstico pouco animador sobre o que pode ser o desempenho do tucano José Serra na disputa sucessória. Embora paralelo ao discurso de que acreditam na vitória, os tucanos já falam em ganhar sem muita vantagem, pois uma das análises é a de que, dificilmente, deverão recuperar a larga diferença que já tiveram da principal adversária, Dilma Rousseff (PT), hoje empatada com Serra, com 37% cada, segundo o último Datafolha. Na pesquisa de dezembro de 2009, a diferença era de 16 pontos.

Com PC do B, PT apresenta chapa contra Roseana 
 
Parte do PT contrária à aliança com Roseana Sarney (PMDB) no Maranhão apresentou ontem a chapa majoritária formada em aliança com o PCdoB e PSB com o deputado Flávio Dino (PCdoB) como candidato ao governo. O vice-presidente do diretório estadual do PT, Augusto Lobato, ressaltou que não houve comunicado oficial da direção nacional do partido inviabilizando o encontro. Para ele, só uma intervenção poderá mudar esse quadro.

Isolado, Garotinho terá menos de 2 minutos na TV 
 
As dificuldades do pré-candidato ao governo do Rio Anthony Garotinho, do PR, de fechar alianças para a corrida eleitoral podem lhe custar caro num fator fundamental da campanha: o tempo de TV. Se seu partido continuar isolado, o ex-governador corre o risco de ter um tempo parecido com o dos nanicos: 35 segundos do PR, mais uma parcela dos seis minutos divididos igualmente entre os candidatos. Desta forma, considerando um cenário hipotético com seis candidatos, Garotinho teria um minuto e 35 segundos de tempo de TV, dos 18 minutos destinados à propaganda.

Área econômica pede a Lula veto a reajuste de aposentado 
 
Em reunião da coordenação de governo, a equipe econômica recomendou ontem ao presidente Lula que vete o aumento de 7,7% para aposentados e pensionistas que ganham acima do salário mínimo. Os ministros Paulo Bernardo (Planejamento), Guido Mantega (Fazenda) e Carlos Gabas (Pre vidência) mostraram a Lula que os 7,7% teriam impacto de R$ 8,5 bilhões nos cofres da Previdência, R$ 1,5 bilhão a mais do que o gasto com o aumento de 6,14% já dado pelo governo. Lula deixou a reunião dizendo que ainda ouvirá a área social e aliados políticos. Ele já decidiu barrar o fim do fator previdenciário, também aprovado pelo Congresso. "Este assunto (o reajuste) ficou pendente", disse Paulo Bernardo.

MP recomenda cassação de Paulinho 
 
O Ministério Público Eleitoral (MPE) deu parecer favorável à cassação do mandato do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, acusado de abuso de poder econômico nas eleições de 2006. Assinado pela vice-procuradorageral eleitoral, Sandra Cureau, o parecer diz que o deputado se aproveitou da condição de líder sindical para usar recursos de sindicatos em sua campanha. A ação contra Paulinho tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e tem como relator o ministro Marcelo Ribeiro. A ação foi julgada primeiro pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, que decidiu pelo arquivamento. Os procuradores eleitorais de São Paulo recorreram, então, ao TSE. A ação acusa Paulinho de ter recebido doações estimáveis em dinheiro de fontes vetadas, os sindicatos. Ao se defender, o deputado negou a acusação, questionou as provas apresentadas e pediu o arquivamento.

Os entraves à produção 
 
A alta carga tributária e a política de juros e créditos foram eleitas pela indústria paulista como os dois principais entraves para o crescimento do setor. Essa foi a constatação de pesquisa encomendada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) ao Ibope e apresentada ontem. Em ano eleitoral, o levantamento visa a orientar o discurso do setor e vai ajudar na elaboração de um documento com reivindicações a ser entregue aos pré-candidatos à Presidência da República. O tema tributação lidera com ampla vantagem a lista de preocupações dos empresários paulistas do ramo industrial. Entre as mil empresas ouvidas, 65% apontaram a área como a maior barreira para o crescimento de suas atividades. Em 2008, dado oficial mais recente, a carga tributária atingiu 35,8% do Produto Interno Bruto (PIB).

Centrais de polêmicas 
 
As cinco centrais sindicais cujos dirigentes planejam declarar apoio conjunto à pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, preparam uma plataforma eleitoral polêmica para ser aprovada em 1ode junho, durante a primeira conferência nacional da classe trabalhadora, no Estádio do Pacaembu, em São Paulo. O esboço do documento contém mais de 270 diretrizes. Entre elas, o direito irrestrito de greve, inclusive para servidores públicos, a descriminalização do aborto e de atos dos movimentos sociais e de luta pela terra, e a ampliação da tributação direta sobre propriedade, lucros e ganhos de capital.

De volta para o futuro do Ficha Limpa 
 
Aqueles que forem afeitos a uma polêmica vão gostar da discussão. No debate em torno da nova redação do projeto Ficha Limpa, recém-aprovado no Congresso, agora há quem diga que a mudança no tempo verbal do projeto pela nova redação, no lugar de os que tenham sido condenados entrou os que forem condenados não exclui do alcance da lei os políticos já condenados. Segundo professores e gramáticos, a palavra condenados, aqui, teria uma função de adjetivo o que faria com que a lei incluísse todos os que estão na condição de condenados, assim como a frase no início deste texto inclui todos os afeitos a polêmicas. Para o professor de língua portuguesa Ozanir Roberti, consultor do GLOBO, o forem, nesse caso, é verbo de ligação. Isso significa que ele não indicaria ação futura (aqueles que vierem a ser condenados), mas apenas um estado ou uma qualidade do sujeito (o estado de ser condenado).

TV Brasil no exterior 
 
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou ontem a criação de um canal internacional da TV Brasil. Lula afirmou que o novo canal vai divulgar no exterior uma imagem positiva da sociedade brasileira. Para o presidente, essa seria uma alternativa para se contrapor à frequente distribuição, segundo ele, de notícias negativas sobre o país por parte de empresas comerciais. Inicialmente, a programação será difundida em 49 países da África. Numa segunda etapa, o governo planeja levar a programação aos países da América Latina, aos Estados Unidos e à Europa. Para o presidente, a TV Brasil Internacional é importante também para reforçar a língua portuguesa no exterior. Pelos dados do Ministério das Relações Exteriores, três milhões de brasileiros vivem em situação legal em outros países.

Folha de S. Paulo

Luz é mais cara para pagar usina poluidora

O consumidor pagará pelo menos R$ 6 bilhões além do previsto até 2013 para bancar as usinas térmicas poluentes, movidas a óleo, na Amazônia. É o que estima a Abrace, associação do setor, relata Leila Coimbra. Somente para este ano a Agência Nacional de Energia Elétrica calcula o subsídio em R$ 4,7 bilhões, quase o dobro da previsão do ano passado - R$ 2,4 bilhões. O custo se refere à produção de eletricidade em áreas isoladas, sem acesso à rede de transmissão nacional.

Chance de Lula comandar ONU é vista com ceticismo

Não há regra escrita que impeça o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ser secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), mas as chances de isso acontecer são próximas de zero, dizem especialistas. O presidente tem uma série de obstáculos a superar. A reforma do Conselho de Segurança, uma das precondições para que entre na disputa, não está no horizonte. Os pontos de vista bem definidos de Lula sobre vários temas polêmicos são outro entrave, porque isso não costuma combinar com o perfil do secretário-geral, mais discreto e conciliador.

Obama rejeita visitar país antes da eleição

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, recusou convite do presidente Lula para visitar o Brasil antes da eleição de 3 de outubro. Lula gostaria de usar a viagem para vitaminar a candidatura da ex-ministra Dilma Rousseff (PT). Segundo a Folha apurou, Lula atribui a recusa a dois fatores: divergências na política externa entre Brasília e Washington e uma suposta interferência dos Clinton para que Obama não fizesse uma visita que pudesse virar ato eleitoral pelo PT. A diplomacia americana argumenta que seria inusual para a política externa do país uma visita do presidente dos EUA às vésperas de uma importante decisão eleitoral.
Mais: a política externa americana não tem como prioridade para o segundo ano de governo de Obama uma visita ao Brasil.

Marina nega atrito com Gabeira no Rio

O juiz que fiscaliza as eleições no Rio descartou a versão de Marina Silva para a censura ao seu nome no lançamento do pré-candidato verde ao governo fluminense, Fernando Gabeira. O episódio abriu crise no PV. Para disfarçar o incômodo com o aliado, que também é apoiado por José Serra (PSDB), Marina alegou que as faixas foram tampadas para evitar multa eleitoral.  "Não tem nada a ver com política", afirmou, em entrevista à rádio CBN. "Foi uma orientação de quem entende da legislação e não quer extrapolar, como estão extrapolando aí a torto e a direito." A explicação foi contestada pelo juiz Paulo César Vieira de Carvalho. "Não havia propaganda antecipada", disse à Folha. "O evento era do PV, e ela é pré-candidata do partido à Presidência."

Abusos ameaçam eleição de Dilma, diz procuradora

A candidatura da ex-ministra Dilma Rousseff (PT) à Presidência caminha para ter problemas já no registro e, se eleita, na sua diplomação.
A afirmação é da procuradora da República e vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau, que avalia que esses problemas podem surgir se casos de desrespeito à legislação eleitoral continuarem na pré-campanha.
Cureau diz haver "uma quantidade imensa de coisas" na pré-campanha de Dilma que podem ser interpretadas como abusos de poder econômico e político. O Ministério Público Eleitoral está reunindo informações sobre os eventos dos quais a ex-ministra tem participado para pedir ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a abertura de uma Aije (Ação de Investigação Judicial-Eleitoral) por abuso de poder econômico e político.

PT vai apurar se apoio a Roseana foi "comprado"

O PT do Maranhão vai investigar se delegados do partido receberam dinheiro em troca de apoio à aliança como PMDB da governadora Roseana Sarney. No sábado, no encontro realizado pela ala do PT contrária à aliança, o delegado Marcelo Belfort disse que foi procurado por petistas que ofereceram a ele R$ 20 mil para que mudasse sua posição sobre a aliança. Em março, ele havia votado a favor da aliança com o PC do B, cujo pré-candidato ao governo do Maranhão é o deputado Flávio Dino. Belfort disse que, apesar de não ter aceitado o dinheiro, foi "constrangido" a assinar um manifesto pró-PMDB.  "Se é verdade, vamos apurar", disse ontem Raimundo Monteiro, presidente da Executiva do PT-MA.

Após queda, Serra prioriza Sudeste

Reunido ontem em São Paulo, o comando de campanha de José Serra (PSDB) à Presidência fixou a reconquista do Sudeste como prioridade de agenda. Para conter a queda na região, a campanha investirá na parceria com Geraldo Alckmin em São Paulo e com Aécio Neves em Minas.
Na quinta, ele aterrissará no Rio, onde deve estar também em 19 de junho, dia da convenção do PV no Estado. "Esperamos a chegada de Aécio para incrementar a agenda em Minas", disse a senadora Marisa Serrano (MS), que organiza agenda para o dia 31 em Minas.

Presidente nega pretensão de assumir cargo 
 
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem à Folha que não pretende disputar nem a Secretaria-Geral da ONU nem a presidência do Banco Mundial, até por considerar que os dois cargos devem ser ocupados por técnicos, não por políticos. "A ONU não precisa de um presidente político, com perfil político, precisa de um técnico a serviço dos presidentes. Não pretendo ir nem para a ONU nem para o Banco Mundial", disse Lula no lançamento do canal internacional da TV Brasil. Apesar do desmentido, Lula e o ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) já iniciaram articulações com presidentes e chanceleres de outros países, conforme a Folha revelou no domingo.

O Estado de S. Paulo

PSDB aposta em inserções estaduais de Serra na TV para recuperar terreno

O PSDB usará as inserções estaduais do partido no rádio e na TV para turbinar o pré-candidato à Presidência da República, José Serra. O objetivo é conferir ao tucano uma "superexposição midiática" nas próximas semanas, de modo que ele recupere a liderança nas pesquisas em junho.
Além do programa nacional do partido, que será no dia 17 do mês que vem, o PSDB requisitou as inserções de trinta segundos aos diretórios estaduais. A ideia é que nos locais em que não haja pré-candidato ao governo estadual o tempo de rádio e televisão migre integralmente para Serra.

Tucano vai estrelar programa do DEM 
   
O tucano José Serra, pré-candidato à Presidência da República, será a estrela do programa partidário de televisão do DEM, que vai ao ar nesta quinta-feira, dia 27. Sob a coordenação do jornalista Luiz Gonzales, o marqueteiro da campanha tucana, a cúpula do DEM vai usar o programa partidário para fazer críticas ao governo do PT. A ideia é entremear a fala dos democratas com as imagens e o discurso de Serra durante o pré-lançamento de sua campanha, no dia 10 de abril, em que o DEM estava na condição de partido aliado.

Na Europa, Aécio ainda resiste à convocação para papel de vice

Assim que desembarcar de volta da viagem de férias à Europa, amanhã, o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves vai comunicar à direção nacional do PSDB que não mudou seus planos políticos e, portanto, não aceita a vice na chapa presidencial do tucano José Serra. O próprio Aécio confirmou a um líder do tucanato próximo de Serra que vai mesmo disputar uma cadeira no Senado. Como Aécio era aguardado "secretamente" em Minas no sábado passado, um expoente do PSDB ligado a Serra não tem dúvida de que o adiamento da volta, em meio ao impacto das últimas pesquisas que apontam um empate entre a petista Dilma Rousseff e o tucano, foi de caso pensado. Seria um recado de que ele, Aécio, não quer se envolver na disputa nacional como candidato a vice.

Aliados dizem que 'maio vermelho' fez Dilma crescer

Em discurso ensaiado, tucanos atribuíram ao "maio vermelho" o empate entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) nas pesquisas para o pleito presidencial. "Foi resultado de exposição extensa da candidata durante todo o mês, dos palanques às festas do 1.º de Maio. E teve a campanha do PT que foi ao ar", disse o pré-candidato a governador, Geraldo Alckmin, em evento do diretório nacional, ontem, em São Paulo. Alckmin disse que "fará campanha como se tivesse apenas 0,5% de intenção de voto", embora lidere as pesquisas à frente de Aloízio Mercadante (PT). Os tucanos prometem guerra de "biografias".

Parte do eleitorado de tucano é também 'lulista'

Quase um quarto dos eleitores de José Serra (PSDB) manifestou um comportamento dúbio e paradoxal na última pesquisa Datafolha: eles também afirmaram que votarão "com certeza" no candidato apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nesse contingente há brasileiros que dizem ignorar a opção eleitoral de Lula, mas também os que estão convictos de que o presidente apoia Serra. Quase um décimo dos eleitores do tucano pensa assim. Menos da metade dos serristas afirma que não votaria em um candidato apoiado por Lula. Outros 26% dizem que talvez o façam, e 23% anunciam que seguirão "com certeza" a opção de voto do presidente.

Partidos defendem aplicação de projeto já em outubro

Se a reforma política é um tema controverso, a aplicação do Ficha Limpa mesmo antes da sanção presidencial - independentemente de qualquer polêmica jurídica sobre o teor da emenda de redação do Senado - é pacífica, a julgar pelas declarações dos debatedores que participaram do encontro. Praticamente todos os partidos defenderam que ela valha para as eleições de outubro. O PPS e o PV já chegaram a colocar o tema em resoluções internas das legendas, o que obriga estes partidos a seguí-la, sem hesitações.

Líderes divergem sobre responsável por mudança

A participação direta de um presidente recém-eleito para fazer a reforma política foi um ponto que causou forte polêmica durante o debate. Roberto Freire, do PPS, defendeu que nem Lula nem FHC quiseram comprar a briga da aprovação da proposta, um tema não consensual entre parlamentares. "Não é que o presidente não queira, mas ele pensa assim: por que vou dividir a minha base? Assim, Lula não quis levar adiante a reforma", comentou. Para o ex-senador, um presidente logo após sua diplomação teria força política e apoio para tocar a reforma.

Ministros pedem veto a reajuste de 7,7%

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse ontem que está "definido" que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetará a extinção do fator previdenciário, decidida pelo Senado na semana passada. Depois de participar, pela manhã, da reunião de coordenação política com o presidente, Paulo Bernardo disse que ele e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, recomendaram a Lula o veto ao fim do fator previdenciário e ao reajuste de 7,72% nas aposentadorias da Previdência Social com valor acima de um salário mínimo.

Correio Braziliense

Terceirizados denunciam más condições 
 
Sol quente durante todo o dia, difícil acesso a banheiros e à água potável. Essa é a realidade precária à qual o Ministério da Fazenda está submetendo vários motoristas a maioria, mulheres a serviço da Pasta, todos contratados de forma terceirizada por meio da Delta Locação de Serviços e Empreendimentos. Desde sexta-feira, os profissionais foram remanejados para uma área externa do edifício-sede do órgão, onde são obrigados a ficar durante todo o expediente. O que está acontecendo aqui é assédio moral. Estamos passando por constrangimento e não podemos reclamar, pois podemos perder o emprego, queixou-se uma das condutoras, que preferiu não se identificar.

Novos medos e sonhos

Pode parecer subjetivo demais, mas uma investigação completa sobre os valores nutridos pelos brasileiros vai nortear a definição de novas políticas de desenvolvimento no país. Uma pesquisa inédita do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) a segunda etapa do Relatório de Desenvolvimento Humano Brasileiro 2009/2010 descobriu que o bem-estar dos próximos e da humanidade, aliado à estabilidade social, é o principal valor dos brasileiros. E a estabilidade foi o valor que ganhou terreno nas cinco regiões e que mais impressionou os pesquisadores: no Brasil de hoje, uma condição estável tem muito mais valor do que no Brasil de ontem e na maioria dos países da Europa.

Pouco dinheiro para tapar muitos buracos

Os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em rodovias federais (R$ 23,8 bilhões) representam apenas 13% de toda a demanda do setor, de aproximadamente R$ 183 bilhões. Os dados fazem parte de estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre os gargalos, investimentos e concessões de rodovias brasileiras. O instituto também informa que, apesar de possuir a maior malha e a maior demanda, a Região Nordeste é apenas a terceira na ordenação dos investimentos do PAC. Fica com 18,7% dos recursos destinados às rodovias, contra os 34% destinados ao Sudeste, segunda região em malha e demandas.

Enem dos professores vale vaga

Municípios, estados e o Distrito Federal terão, a partir do ano que vem, um instrumento de auxílio na contratação de professores. O Ministério da Educação (MEC) está criando uma espécie de Enem dos docentes, que poderá ser usado pelas redes de ensino para selecionar professores da educação básica. O Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente será elaborado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), também responsável pela elaboração do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), e a primeira edição da prova será em 2011.

Baixa procura no primeiro dia

O Ministério da Saúde decidiu ampliar o prazo de vacinação contra a gripe influenza A (H1N1) para alguns grupos e incluir a partir de ontem no calendário as crianças de 2 anos a menores de 5 anos. Isso porque, segundo o órgão, essa faixa etária apresentou maior vulnerabilidade para desenvolver complicações por conta da doença. A taxa de incidência entre os casos graves confirmados ficou em 24 a cada 100 mil habitantes. Porém, mesmo com os dados preocupantes, poucos pais aproveitaram o primeiro dia para vacinar os filhos contra a nova gripe. A meta é atender pelo menos 9,5 milhões de crianças, que deverão se vacinar até 2 de junho e voltar após 21 dias para receber a segunda dose.