Sidrolandia
Número de empresas de "alto crescimento" cai 17% em 2015, diz IBGE
Desde 2012 há queda no número de negócios que expandem a equipe em ao menos 20% ao ano, as chamadas "empresas de alto crescimento"; em 2015, Brasil tinha 25,8 mil empresas do tipo.
G1
17 de Novembro de 2017 - 10:13
O número empresas que aumentam significativamente sua base de funcionários a cada ano, que já vinha diminuindo desde 2012, ampliou o ritmo de queda de 2014 para 2015, segundo estudo divulgado nesta sexta-feira (17) pelo IBGE.
As chamadas empresas de alto crescimento (EACs) aquelas que ampliam o número de funcionários em ao menos 20% ao ano, por um período de três anos somavam 31,2 mil em 2014 e passaram a 25,8 mil no ano seguinte, baixa de 17,38%.
De 2013, quando o número estava em 33,4 mil, para 2014, a redução havia sido de 6,44%. O levantamento considera companhias que tinham ao menos 10 funcionários no ano inicial de observação.
O percentual de EACs em relação ao total de negócios ativos também caiu de 0,7% para 0,6% de 2014 para 2015.
Em 2015, a maioria das empresas de alto crescimento atuavam nas atividades de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (26,5%); indústrias de transformação (18,7%) e construção (11,2%).
Geração de empregos e salários
Apesar da baixa representatividade, as empresas de alto crescimento empregavam em 2015 cerca de 10% do total de pessoal ocupado assalariado entre os negócios ativos com pelo menos 1 trabalhador.
De 2012 até 2015, elas geraram 2,2 milhões de empregos o número de ocupados assalariados passou de 1,3 milhão para 3,5 milhões no período. Enquanto isso, no geral, o Brasil registrou redução de 291,9 mil postos de trabalho no mesmo período, uma queda de 0,9%, segundo o IBGE.
As EACs que mais geraram empregos estavam concentradas principalmente nas atividades de atividades administrativas e serviços complementares (22,7%); indústrias de transformação (21,4%); comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (17,1%) e construção (11,2%).
Em 2015, as empresas de alto crescimento pagaram R$ 90,3 bilhões em salários, contra R$ 103,3 bilhões em 2014.
Valor adicionado
As empresas de alto crescimento adicionaram R$ 225,7 bilhões à economia em 2015, cerca de 12% do gerado pelas empresas com ao menos 10 funcionários. Esse volume é medido pelo chamado valor adicionado bruto, que é a diferença entre o preço de venda e o custo de uma mercadoria.
A produtividade média das EACs foi de R$ 70,2 mil por empregado, 10,3% inferior à apurada para o geral das companhias ativas com ao menos 10 funcionários, de R$ 78,3 mil por empregado.
Juntas, as empresas de alto crescimento tiveram uma receita líquida de R$ 718,2 bilhões, de um total de R$ 6,6 trilhões gerados pelas ativas com pelo menos 10 pessoas assalariadas.