Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Sábado, 23 de Novembro de 2024

Sidrolandia

número de mortos no Rio sobe para 238

Mais seis corpos são retirados do morro do Bumba

Redação de Noticia

13 de Abril de 2010 - 10:46

Mais seis pessoas foram retiradas do morro do Bumba, em Niterói (RJ), nesta terça-feira (13). Segundo o último balanço divulgado pelo Corpo de Bombeiros na manhã de hoje, subiu para 238 o número de mortes confirmadas em todo o Estado-- 153 mortes em Niterói, 65 no Rio, 16 em São Gonçalo, uma em Petrópolis, uma em Nilópolis, uma em Paracambi e uma em Magé. O número de vítimas, entre mortos e feridos, chega a 399.

De acordo com a Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado do Rio de Janeiro (Arpenrj), pelo menos 48 pessoas ainda estão desaparecidas no deslizamento de terra no morro do Bumba, ocorrido na noite da última quarta-feira  (7).

O presidente da Apenrj, Cláudio Almeida, informou que foram cruzadas as listas dos mortos já identificados e as informações dos vizinhos e parentes sobre desaparecidos, além das de um cadastro que havia do Programa de Saúde da Família (PSF) da prefeitura de Niterói, com o nome dos moradores de cada residência.

“Os médicos de família têm a localização de onde era a casa dessas pessoas. É possível que [em alguns casos] todos os familiares tenham morrido. Por isso, não estão sendo reclamados”, explicou Almeida.

Desabrigados e desalojados
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil, a cidade do Rio ainda tem cerca de 5.000 desalojados e desabrigados distribuídos em 64 abrigos da prefeitura. Em Niterói, são 7.000 pessoas abrigadas 90 pontos providenciados pelo governo municipal para receber as vítimas da chuva. A estimativa do Corpo de Bombeiros é de que 11.500 pessoas estão desabrigadas no Estado e mais de 40.400 desalojadas na casa de amigos e parentes.

As cidades do Rio e Niterói arrecadaram até o momento mais de 140 toneladas de donativos para os desabrigados das chuvas.

A Prefeitura do Rio de Janeiro informou ontem que vai arcar com as despesas da compra de imóveis para as cerca de 3.700 famílias que moram em áreas de risco na cidade e que terão de ser reassentadas. Segundo o prefeito Eduardo Paes, essas famílias deverão ser realocadas em unidades habitacionais construídas pelo Programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, mas custeadas pelo município.

As 3.700 famílias moram em nove favelas cariocas. A maior parte das remoções já previstas ocorrerá no morro dos Prazeres, na zona norte da cidade, onde dezenas de pessoas morreram soterradas durante as chuvas da semana passada. Cerca de mil famílias serão retiradas desta área. 

Enquanto as unidades habitacionais estão sendo construídas, as famílias receberão um aluguel social no valor de R$ 400, pago pela prefeitura do Rio.