Sidrolandia
Oi lucra R$ 496 milhões no primeiro trimestre
Resultado reflete bom desempenho operacional e ganhos de sinergia após a integração com a Brasil Telecom
Jéssika Machado
13 de Maio de 2010 - 17:02
A Oi encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 496 milhões, contra R$ 11 milhões registrados em igual período do ano passado. A receita bruta consolidada subiu 2,7% em relação aos primeiros três meses de 2009, chegando a R$ 11,5 bilhões, e a receita líquida consolidada atingiu R$ 7,5 bilhões. Os dados incluem a Brasil Telecom, adquirida em janeiro do ano passado.
O Ebitda (lucro antes de despesas financeiras, impostos, depreciações e amortizações) consolidado alcançou R$ 2,53 bilhões, alta de 6,5% em relação ao Ebtida recorrente do primeiro trimestre do ano passado. A margem Ebitda foi de 33,9%, contra 31,7% registrada no mesmo período de 2009. O resultado foi determinado, principalmente, pela redução de custos e despesas operacionais obtidos com os ganhos de sinergia a partir da conclusão do plano de integração com a Brasil Telecom.
Estes números comprovam o ganho de competitividade após a compra do controle da Brasil Telecom. Depois de expandir sua atuação para todo o país, a Oi apresenta os primeiros resultados conquistados com a integração operacional das duas operadoras, o que demonstra que caminhamos para atender a expectativa inicial de sinergias de custos prevista para este ano afirma o diretor de Finanças e Relações com Investidores da Oi, Alex Zornig.
De março de
A expansão foi liderada pelo serviço de telefonia móvel, que apresentou um aumento de 15% na base de clientes em comparação com março do ano passado. Esse crescimento foi impulsionado, principalmente, pela operação da companhia
- Os investimentos realizados em telefonia móvel permitiram à empresa concluir, em abril deste ano, a expansão do serviço para 460 municípios, alcançando 3 mil cidades em todo o Brasil. Dessa forma, atendemos o Compromisso de Abrangência firmado em 2008 com a Anatel. Também estamos cumprindo, dentro dos prazos estabelecidos pelo órgão regulador, todas as condicionantes estabelecidas para a compra da BrT destaca Zornig.
Telefonia móvel A receita operacional bruta do serviço de telefonia móvel atingiu cerca de R$ 2,6 bilhões, um aumento de 14,6% em relação ao primeiro trimestre de 2009.
Em linha com a estratégia da companhia para este ano de aumento de rentabilidade, a receita média por usuário (ARPU) da telefonia móvel apresentou crescimento de 3,3% em comparação com os primeiros três meses do ano passado, fechando em R$ 21,8 considerado bom número nesse mercado. O aumento reflete, principalmente, a expansão das receitas de dados.
Banda larga Considerando os serviços de banda larga fixa e móvel, a companhia conquistou 629 mil novos clientes de março de
Custos e despesas operacionais Os custos e despesas operacionais (excluindo depreciações/amortizações) totalizaram R$ 4,9 bilhões de janeiro a março deste ano, queda de 10% em relação as trimestre anterior e de 7% em comparação como mesmo período do ano passado. Em relação aos custos recorrentes de
Entre as iniciativas que contribuíram para a redução de custos no primeiro trimestre, destacam-se a renegociação de contratos com fornecedores, a utilização das redes das empresas do grupo em negócios antes feitos com outras provedoras de telecomunicações, a revisão do modelo logístico e a diminuição dos custos das mercadorias vendidas na Região II.
Investimentos Os investimentos somaram R$ 372 milhões no trimestre, representando aproximadamente 5% da receita líquida consolidada. Desse total, 36% foram alocados na expansão da cobertura do serviço de telefonia móvel e 42% em transmissão de dados.
Vale destacar que, no último trimestre de 2009, houve uma concentração nos investimentos, que somaram R$ 1,9 bilhão. Para este ano, a companhia continua com a meta de investir de R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões.
Endividamento Ao fim de março, a dívida líquida da empresa era de aproximadamente R$ 21,3 bilhões, uma queda de R$ 620 milhões em relação a dezembro de 2009. Com isso, a dívida líquida caiu para 2,1 vezes o Ebitda no final do primeiro trimestre.