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Sidrolandia

Para cumprir lei do silêncio, empresária antecipa show para às 21 horas e não vai cobrar ingresso

Além do prejuízo com o pagamento antecipado dos cachês que não terá retorno porque a entrada será franca, dona Maria vai gastar R$ 4.800,00, com segurança, som e iluminação.

Flávio Paes - Região News

27 de Outubro de 2017 - 14:33

A empresária Maria Corrêa, como ainda não conseguiu licença especial para sua casa noturna funcionar depois da meia-noite, decidiu antecipar para as 21 horas neste sábado (28), o show com Marlon Maciel que já havia contratado e até pago cachê do artista, não vai cobrar ingresso, mas limitará a 400 pessoas (obedecendo a recomendação do Corpo de Bombeiros).

O baile-show vai terminar exatamente às 23h59, horário limite que o alvará do “Bailão Sertanejo” lhe assegura. Para isto, cancelou as apresentações dos grupos Trem Pantanal e Misturado. Além do prejuízo com o pagamento antecipado dos cachês que não terá retorno porque a entrada será franca, dona Maria vai gastar R$ 4.800,00, com segurança, som e iluminação. “Optei por manter o show para não frustrar o público que vem nos prestigiar”, argumenta.

Na semana passada, quando uma blitz policial forçou o fechamento de todos os bares, conveniências e casas noturnas após as 23 horas, cancelou o show programado para o sábado passado com o Grupo Batidão, para o qual já havia antecipado o pagamento do cachê de R$ 7 mil.

Ela reclama de certa má vontade da Prefeitura que teria feito uma série de exigências para expedir especial, enquanto não se cobra nada do CTG, onde também são realizados eventos com música ao vivo. “Meu baile é importante para cidade. Movimenta o setor hoteleiro e de restaurante. Tive dificuldade para obter informações no setor de fiscalização e de repente, a Polícia apareceu mandando fechar”, reclama.

Desde que adquiriu o espaço, onde por 25 anos, acontecia o “bailão da gaúcha”, ela afirma ter investido R$ 90 mil em reforma do espaço. Conseguiu alvarás, treinou socorristas e brigadistas de incêndio. Só falta agora o projeto para implantar a acústica no salão para ter a licença especial. “Já contratei o projeto e dentro de pouco tempo vou implantar”, assegura.