Sidrolandia
Para Temer, situação para aprovar a Previdência é "bem melhor" agora do que no fim de 2017
Presidente deu entrevista para uma rádio nesta segunda-feira (29). Segundo ele, população está compreendendo que a reforma é "essencial".
G1
29 de Janeiro de 2018 - 10:14
O presidente Michel Temer disse nesta segunda-feira (29), em entrevista à Rádio Bandeirantes, que a situação política para aprovar a reforma da Previdência no Congresso é "bem melhor" agora do que no fim de 2017.
Ele deu a declaração ao ser questionado se as chances de aprovação haviam melhorado, piorado ou permanecido iguais desde que os parlamentares saíram de recesso. Os trabalhos na Câmara e no Senado retornam em fevereiro.
"É bem melhor. Conseguimos fazer a comunicação com o povo, com a população, esclarecendo o que é a reforma da Previdência", disse o presidente. "Como o Congresso ecoa a vontade do povo, o que está acontecendo é que a pessoa compreende, chega para o deputado ou senador e diz que a Previdência é essencial", afirmou Temer.
Ele repetiu a argumentação das últimas semanas de que a reforma vai corrigir injustiças do sistema de aposentadoria e vai evitar que falte dinheiro para honrar os pagamentos. "É uma reforma muito suave, mas fundamental para o país. Acho que os deputados voltarão mais convencidos das suas bases", afirmou Temer.
O presidente também disse que, se não fossem as denúncias apresentadas contra ele em 2017 pela Procuradoria Geral da República (PGR) sobre supostas irregularidades envolvendo propina do grupo JBS, a reforma já teria sido aprovada.
"Seguramente [já teria sido aprovada]. O prejuízo foi enorme", reclamou o presidente.
Nomeação de Cristiane Brasil
Outro tema tratado na entrevista foi a nomeação de Cristiane Brasil (PTB-RJ) para o Ministério do Trabalho. A posse da deputada foi suspensa por decisão da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), depois de uma disputa judicial que vem se alongando nas últimas semanas. O governo ainda tenta a liberação da posse.
Temer disse que vai respeitar qualquer que seja a decisão da Justiça, mas afirmou que a competência para designar um ministro cabe ao presidente da República.
"O ideal dos ideais é que cheguemos ao ponto em que nós todos tenhamos a convicção de que minha competência vai até onde começa a do outro. Essa é uma pregação muito útil", afirmou o presidente.
Questionado se tem arrependimento de ter nomeado Cristiane Brasil, o presidente negou. Não [me arrependi]. Eu sou muito ciente e consciente daquilo que a Constituição determina", respondeu.