Sidrolandia
Parreira enaltece equipe da África do Sul e diz que torcida deve se orgulhar
Apesar da eliminação na Copa do Mundo, treinador brasileiro elogia padrão de jogo dos Bafana Bafana e agradece a chance de disputar sua sexta Copa
Redação de noticia
23 de Junho de 2010 - 07:25
Com o sentimento de dever cumprido, o técnico Carlos Alberto Parreira estampava um sorriso ao entrar na sala de entrevistas do estádio Free State, após a vitória da África do Sul por 2 a 1 sobre a França na última partida das duas seleções na Copa do Mundo (confira os melhores momentos ao lado).
O resultado não garantiu os Bafana Bafana nas oitavas de final e, claro, o treinador lamentou a eliminação no Mundial em que são os anfitriões (algo até então inédito na história das Copas). Mas, sereno, preferiu enaltecer o orgulho que a equipe deu à torcida com a vitória sobre os franceses.
- Meu sentimento é de orgulho. Sabíamos que esse era um dos grupos mais difíceis da Copa, com a França, que é campeã do mundo, assim como o Uruguai. O México também é uma equipe muito boa. Ainda assim, deixamos de nos classificar apenas por diferença de gols. Sinto um pouco desapontado, mas orgulhoso disse Parreira.
A Copa de 2010 também teve uma simbologia pessoal para Parreira. Com este Mundial, o brasileiro passou a ser o treinador com o maior número de Copas no currículo: seis, contra as cinco disputadas pelo sérvio Bora Milutinovic.
Como técnico, Parreira esteve nas Copas de 1982, pelo Kwuait, 1990, comandando os Emirados Árabes Unidos, 1994, campeão pelo Brasil, 1998 com a Arábia Saudita, 2006 novamente com o time brasileiro, e a última, de 2010, com a África do Sul. Ao todo, foram 23 jogos de Copa.
- Agradeço à África do Sul por ter me proporcionado isso. Ser o primeiro a disputar seis Copas como treinador. Participei também de outras duas como preparador físico. Acho que não tenho nada a mais para fazer em Copas. Ter terminado com uma vitória me deixa extremamente gratificado agradeceu Parreira, que avaliou os últimos oito meses de trabalho à frente da seleção sul-africana.
- Éramos o número 90 do ranking da Fifa quando assumi. Empatamos, perdemos para o México e vencemos a França. Meus jogadores mostraram identidade, o que não tínhamos antes da Copa. Estamos desapontados por não termos nos classificado, mas peço mais uma vez ao povo sul-africano que fique orgulhoso - disse Carlos Alberto Parreira.