Sidrolandia
Pessoas físicas poderão financiar instalação de placas fotovoltaicas com recursos do FCO
A novidade que promete fomentar a geração de energia vale para os estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país
Portal do MS
06 de Abril de 2018 - 09:29
O Conselho Deliberativo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Condel) aprovou na 10ª reunião ordinária da última quarta-feira (4), o financiamento pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) da aquisição e instalação de placas fotovoltaicas em residências ou condomínios residenciais por pessoas físicas.
A novidade que promete fomentar a geração de energia vale para os estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país. As linhas de crédito têm quase R$ 3,2 bilhões disponíveis para financiar a implantação de sistemas micro e mini geradores de energia elétrica por fontes renováveis.
Para o titular da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, a aprovação do Condel é muito importante para ampliar a geração de energia solar no Brasil, o que vai contribuir para abrir novos mercados e reduzir custos para quem quer investir.
“Há um grande mercado a ser explorado nesse segmento e essa medida vem para beneficiar a população e o País, gerando mais energia renovável e expandindo um mercado com potencial para crescimento”, destaca.
Grande diferencial para as pessoas físicas é a taxa de juros, que no Banco do Brasil será de 7,33% ao ano com 24 meses de prazo e seis meses de carência. Em entrevista ao Valor Econômico, o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, disse que vê um esforço de popularizar o uso de placas fotovoltaicas. “Agora queremos levar ao cidadão uma iniciativa com impacto econômico e social gigantesco”.
Quem gerar energia própria e jogar o excedente no sistema interligado via distribuidora, deixa de pagar conta de luz e acumula créditos para usar no futuro. O vice-presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Hewerton Martins, afirma que este é um pleito antigo da categoria e uma iniciativa inédita.
“Há mais de um ano pedíamos isso ao Governo Federal e a tendência é de que cada vez a produção de energia fique mais próximo da realidade das pessoas. Uma grande barreira ainda é o capital inicial para instalar as placas, que passa a ser incentivado com baixa taxa de juros e com muito resultado para a população”, diz Martins.