Sidrolandia
PM volta a fechar casas noturnas e comerciantes pedem mais 90 dias para tirar licença
A partir da próxima semana, os policiais vão voltar para notificar quem estiver descumprindo a legislação municipal que proíbe o som alto após as 23 horas.
Flávio Paes - Região News
25 de Outubro de 2017 - 10:19
Depois de seis meses de trégua, a Polícia Militar na última sexta-feira voltou às ruas e praticamente fechou todos os bares, conveniências e casas noturnas que estavam abertos depois das 23 horas, em cumprimento ao plano diretor e a um decreto (já refeito três vezes) que estabelece uma série de exigências para a Prefeitura conceder licença especial a estes estabelecimentos. Em maio, os policiais fizeram uma blitz, fechou os estabelecimentos que voltaram a reabrir non final de semana seguinte.
O vereador Carlos Henrique fez uma audiência pública com todas as partes envolvidas, pressionou e a Prefeitura editou um novo decreto concedendo mais 60 dias para os empresários atenderem as exigências.
Os comerciantes se reuniram nesta terça-feira com o presidente da Câmara, Jean Nazareth e pediram a intervenção dele junto ao prefeito em favor de concessão de mais 90 dias de prazo para obtenção da licença especial.
O comandante da Polícia Militar, também presente à reunião, disse que uma eventual prorrogação, dependerá do aval do Ministério Público, enquanto isto vai cumprir a legislação. O major Jidevaldo de Souza Lima garante que esta primeira investida teve o caráter de orientação aos comerciantes e nenhum estabelecimento foi fechado.
A partir da próxima semana, os policiais vão voltar para notificar quem estiver descumprindo a legislação municipal que proíbe o som alto após as 23 horas. É uma questão de bom senso. Não vamos impedir o cidadão que está fazendo um lanche depois deste horário. A questão é do som alto, reafirma.
A versão dos empresários é bem diferente. Eles garantem que no último final de semana, depois da vistoria policial, os seis estabelecimentos que normalmente funcionam depois de 23 horas fecharam.
É o caso do Bailão Sertanejo de dona Maria Correa, que diz ter investido mais de R$ 90 mil no espaço conhecido como Bailão da Gaúcha em frente da Praça do Bairro São Bento.
Conseguiu alvarás, treinou socorristas e brigadistas de incêndio, mas teve um prejuízo de R$ 7 mil porque foi obrigada a cancelar o baile programado para o sábado, animado pelo Grupo Batidão de Fabio Cunha de Campo Grande.
Sua preocupação é que no próximo final semana tem agendado um show com três atrações e já adiantou 50% do cachê dos artistas. O "bailão" da gaúcha existe há mais de 25 anos.