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Sidrolandia

Preço do boi gordo em MS tem queda para o menor patamar desde 2014

O valor deste ano também é inferior à da mesma época de 2015 (R$ 139) e se equipara a de início de novembro de 2014 (R$ 129).

Campo Grande News

03 de Novembro de 2017 - 10:49

A cotação da arroba do boi gordo em Mato Grosso do Sul recuou para o menor patamar desde 2014. Neste início de novembro, está sendo cotada, em média, a R$ 129. Na comparação com mesmo período do ano passado, a retração é 7,85%. Concorrência acirrada na indústria e aumento da participação de fêmeas nos abates são alguns dos fatores que puxam para baixo os preços.

De acordo com a série histórica, disponibilizada no site Pecuária (pecuaria.com.br), a cotação deste mês (R$ 129) e de igual período de 2016 (R$ 140) tem diferença absoluta de R$ 11 em Mato Grosso do Sul. O valor deste ano também é inferior à da mesma época de 2015 (R$ 139) e se equipara a de início de novembro de 2014 (R$ 129).

Na média nacional, conforme o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a cotação caiu de R$ 150 para R$ 139,60, na comparação entre o início de novembro de 2016 e de 2017 – a variação é de -6,93%. Para o mesmo período, o valor deste ano só supera o de 2013 (R$ 107). Confira aqui a cotação do Cepea.

Em entrevista ao site, o analista-chefe da Rural Business, Júlio Brissac, comentou que esse comportamento de preços tem relação com o jogo de forças entre as indústrias frigoríficas e, de modo específico, a JBS.

Para o analista, a redução da participação da JBS no mercado fez com que a líder mundial no processamento de proteína animal reduzisse seus preços em queda de braços com as concorrentes. No entanto, a concorrência, ainda segundo Brissac, tem respondido com a mesma moeda.

Esse cenário impacta o início da cadeia, reduzindo os preços aos produtores.

Outro fator, de acordo com o Cepea, diz respeito ao aumento de abates de matrizes, cotada a preços menores e que tem tirado, por isso, espaço do boi gordo.

A maior participação das fêmeas no abate tem ajudado a indústria a preencher escalas e, por conseguinte, pressiona para baixo o valor da arroba, segundo analisa o Cepea.