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Sidrolandia

Prefeita de Dourados discute salário de médicos com conselheiro Waldir Neves

Marcos Tomé/Região News

22 de Outubro de 2010 - 17:21

Prefeita de Dourados discute salário de médicos com conselheiro Waldir Neves
Prefeita de Dourados discute sal - Foto: Divulga

A prefeita interina de Dourados, Délia Razuk (PMDB), recebeu na manhã desta quinta-feira (21/10) os representantes dos médicos que trabalham no PAM (Pronto Atendimento Médico), que foram reivindicar o pagamento de plantões atrasados. O conselheiros Waldir Neves do TCE/MS  participou da reunião.

Os médicos pediram uma solução para o impasse relacionado à remuneração dos plantões, uma vez que o ganho mensal dos profissionais não pode ultrapassar o salário de prefeito. O médico Luiz Machado disse que a categoria não quer paralisar o atendimento.

Ele reforça que este não é o interesse dos médicos que atuam na rede, já que buscam oferecer um atendimento humanizado. “Se um paciente só tem um dia de vida, precisamos atendê-lo da melhor forma possível, mesmo que seja por apenas um dia. Sabemos que se paralisarmos o atendimento o caos na saúde irá se agravar e esse não é nosso interesse”, afirmou.

A prefeita disse entender a situação, contudo, explicou que a solução do problema não cabe ao Executivo. “Esse é um impasse nacional. Se a prefeitura pagar, estará ferindo a Constituição Federal”, afirmou. Ela ressaltou ainda a necessidade do serviço prestado pelos médicos na rede pública.

O conselheiro  Waldir Neves concordou com o fato de que não dá para comparar o salário com o pagamento dos plantões, contudo ressaltou que não há o que fazer. “A discussão está no âmbito nacional e como a prefeita disse, se pagar comete crime. Infelizmente a Constituição nos limita. A disparidade salarial do agente público e da classe medica é um entrave em todo o Brasil”, explicou.

Conforme Luiz Machado, a solução será mover uma ação contra município. “A medida dará respaldo para a administração pagar a remuneração atrasada. Vamos debater com os médicos que não puderam estar presentes, mas essa pode ser a solução”, declarou.

Luiz Machado apontou sua satisfação com o resultado da reunião. “Essa conversa, que foi pacífica, abriu janelas para resolvermos o impasse. Não podemos abandonar o município nesse momento. Fiquei impressionado com os conselheiros, pois temos a visão, como eles disseram, de que o TCE pune, mas ao contrário, o órgão atua como um agente pedagógico”, avaliou o médico.

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