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Previsão de aumento real nos salários do Brasil em 2018 é maior que a média global, diz pesquisa
O índice brasileiro é de 3,3%, mais alto do que a média global, que tem previsão de ganho de 1,5% nos salários reais.
G1
10 de Janeiro de 2018 - 09:39
Os brasileiros devem ter aumentos salariais significativos em 2018, com uma previsão de crescimento real (descontada a inflação) de 3,3%, segundo pesquisa da Korn Ferry, por meio da divisão Hay Group. O levantamento leva em conta a previsão de inflação de 4% para 2018.
O índice é melhor do que o de 2017, quando houve previsão de aumento de 0,4% no salário real.
O índice brasileiro é mais alto do que a média global, que tem previsão de ganho de 1,5% nos salários reais. O índice global vem caindo em 2017 foi de 2,3%, e em 2016 ficou em 2,5%.
Com a inflação subindo na maior parte do mundo, estamos vendo um corte em aumentos do salário real pelo globo, disse Bob Wesselkamper, líder global de remunerações e benefícios da Korn Ferry. A porcentagem de aumento ou diminuição do salário variará por cargo, setor, país e região, mas uma coisa é clara: em média, os funcionários não verão um aumento no pagamento como aconteceu há um ano", ressalta.
América Latina
Funcionários na América Latina devem ver um aumento de 6,2% nos salários e, com a inflação diminuindo na região, os aumentos de salário real chegarão a 2,1%, mais do que o índice de 1,1% do ano passado, segundo o levantamento.
A Argentina é o país do levantamento com a maior previsão de aumento real no salário 7,3%. A previsão de inflação é de 14,6%.
Na Colômbia, espera-se que a inflação seja de 2,7% em 2018. Com um aumento de salário projetado em 5,3%, isso aumenta os salários reais na Colômbia em 2,6%.
O destaque negativo é a Venezuela, com previsão de redução em 1021,2% nos salários reais no entanto, devido à inflação extremamente alta, o país foi excluído da média regional e global.
EUA
Nos Estados Unidos, prevê-se um aumento de remuneração de 3%, o mesmo do ano passado. Com a correção da taxa de inflação, prevista em 2%, o aumento do salário real é de 1% menos do que os 1,9% do ano anterior.
No mundo
A Ásia tem países com aumento real bastante significativo nos salários. As maiores evoluções estão previstas para a Índia (4,7%), o Vietnã (4,6%), a Tailândia (4,5%) e a China (4,2%).
Na Europa Ocidental, o destaque ficou com Chipre, que deverá ter aumento real de 2,4%, com a Irlanda (2%), Itália (1,8%) e Bélgica (1,3%). Reino Unido (-0,5%) e Finlândia (-0,2%) foram os destaques negativos.
No Oriente Médio, os destaques ficam com o Reino do Bahrain (1,9%), Líbano (1,8%), Jordânia (1,6%) e Iraque (1%).
Gana (5,9%), Zâmbia (5,4%) e Moçambique (3,5%) se destacaram com maiores aumentos reais na África.
Estudo
Os dados foram coletados na ferramenta de pagamento da Korn Ferry, o PayHub, que contém dados de mais de 20 milhões de funcionários em 25 mil organizações em mais de 110 países.
O levantamento mostra previsões de aumentos de salários feitas por departamentos globais de RH para 2018 e as compara com as previsões feitas no ano anterior para 2017. A comparação é feita ainda com dados sobre inflação da unidade de inteligência da Economist.
Veja os 15 primeiros países no ranking de aumentos reais:
- Argentina: 7,3%
- Gana: 5,9%
- Zâmbia: 5,4%
- Azerbaijão: 4,8%
- Índia: 4,7%
- Vietnã: 4,6%
- Tailândia: 4,5%
- Equador: 4,4%
- Ucrânia: 4,4%
- China: 4,2%
- Malásia: 3,5%
- Moçambique: 3,5%
- Indonésia: 3,4%
- Brasil: 3,3%
- Taiwan: 3,3%