Sidrolandia
Procurador quer varredura em poderes acusados de corrupção
Se depender do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, a corrupção e os desmandos nos poderes de Mato Grosso do Sul estão com os dias contados.
Redação de Notícias
22 de Outubro de 2010 - 15:54
Gurgel garantiu nesta quarta-feira (20), em Brasília, num encontro agendado com membros da OAB de MS para discutir ações que inibam a modalidade de irregularidades, que se engajará para auxiliar nas investigações das denúncias que envolvem atos do gênero cometidos por agentes públicos com dinheiro do erário. Além de prometer auxílio para desvendar tais mazelas, Gurgel também anunciou a indicação de um procurador da República para cuidar, especificamente, das supostas ilegalidades. Além de manter encontro com Gurgel, os representantes da OAB de MS, entre eles o presidente da seccional local da entidade, Leonardo Avelino Duarte, agendaram reunião, para o final desta tarde, com a ministra e corregedora do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), Eliana Calmon. O objetivo é solicitar o empenho do CNJ nas investigações que apuram denúncias de corrupção nos poderes do Estado. O mais recente escândalo envolvendo autoridades do Estado com irregularidades levou à prisão o então prefeito de Dourados, Ari Artuzi (sem partido), sua mulher, Maria Artuzi, o vice do prefeito, Carlinhos Cantor (PR), além de secretários, vereadores e empresários da cidade. O grupo atuava no desvio de recursos públicos a partir de ações tramadas, segundo a Polícia Federal, principalmente no interior da prefeitura de Dourados. Um outro caso envolvendo supostas maracutaias conduzidas por agentes públicos do Estado veio a tona graças a uma gravação feita por um assessor parlamentar durante uma conversa que teve com o deputado Ary Rigo (PSDB), até então um dos mais influentes políticos de MS. No diálogo, cujas imagens correram o Brasil e o mundo, o parlamentar admitiu haver um amplo e milionário esquema envolvendo troca de favores entre os poderes regionais, onde a moeda de pagamento eram grandes somas de dinheiro público supostamente rateadas entre deputados, juízes, membros do Ministério Público e servidores estaduais. |