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Sidrolandia

Protesto fecha Fronteira Brasil- Bolívia

Corumbá (MS) Fronteira Brasil-Bolívia amanhece fechada nesta manhã de quarta-feira (02) de Junho, véspera de feriado de Corpus Christi

Redação de noticia

02 de Junho de 2010 - 10:46

O movimento começou as zero hora de hoje e deve permanecer até a meia noite desta quinta-feira (3). Segundo informações um bloqueio feito por carros e caminhões no lado boliviano impede o trânsito de veículos. Para entrar ou sair do país somente a pé. Líderes dos comitês cívicos tanto de Puerto Suarez quanto de Puerto Quijarro reivindicam uma área, prometida anteriormente pelo presidente Evo Morales, para a instalação da Mineradora Indiana Jindal Sttel end Power.

Apesar do comprometimento do governo daquele país, a promessa não foi cumprida e os fronteiriços temem a perda do prazo, e conseqüentemente a vinda da siderúrgica, que traria desenvolvimento, empregos e rendas para os moradores daquela localidade.

A expectativa da vinda da siderúrgica para Puerto Quijarro trouxe esperança e levou os bolivianos a procurarem por capacitação profissional para atender as necessidades específicas de cada departamento suprindo o grave problema deste lado boliviano, a pobreza e o desemprego. O anúncio da exploração mineral de Mutun foi feita pelo próprio presidente Evo Morales e representantes do grupo Jindal, inclusive com a presença do presidente brasileiro Luis Inácio Lula da Silva. Representantes dos comitês cívicos afirmaram que não abrem mão do protesto e que se o presidente não atende-los tomarão medidas mais severas.

Turistas que se aventurarem a vir para a Bolívia neste final de semana , terão que esperar acabar o protesto e as comemorações de Corpus Christi (amanhã) para fazer compras, pois o comércio vai estar fechado, reabrindo somente na sexta feira (04).

Reivindicações

O presidente do Comitê Cívico da Província de Gérman Bush, Orbis Hurtado, disse que uma das reivindicações é que o governo sancione um Decreto lei em favor da entrega das terras para a implantação da Siderúrgica. “Essa paralisação é para pressionar o Ministério de Minério e Metalúrgica entregue as terras a curto prazo. Também exigimos da Jindal um plano acelerado de investimentos, para compensar o tempo de espera para a realização do projeto da siderúrgica, e cursos gratuitos para a capacitação do povo de Gérman Bush”, explicou ao Capital do Pantanal.

Comerciantes bolivianos estão de acordo com a reivindicação, embora a paralisação prejudique um dia de comércio. “Queremos que sancione esse decreto para que as terras sejam entregues e a siderúrgica possa ser implantada, pois trará investimentos para o país”, afirmou a comerciante Kátia Gamez.

Para o comerciante Jorge Herrera é preciso fazer um sacrifício para que a siderúrgica seja implantada. “Meu comércio vai ficar sem movimento, mas é preciso essa paralisação para que essas terras saiam. A siderúrgica vai trazer emprego e desenvolvimento ao país, mas principalmente a fronteira”, ressaltou.

Bancos e aduaneiras também não vão estar funcionando durante essas 24 horas. Toda a fronteira está fechada.

Matéria atualizada para acréscimo de informações

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