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Sidrolandia

Reduzida à extensão, pais temem pelo fechamento da Escola do Assentamento São Pedro

Não se descarta a possibilidade de uma manifestação em frente do Paço Municipal no início de 2018.

Flávio Paes/Região News

25 de Dezembro de 2017 - 19:58

Com o fim da escola do Assentamento São Pedro, transformada em extensão da Escola Darcy Ribeiro, do Assentamento Capão Bonito 1 pelo decreto 236, em vigor desde o último dia 22, a comunidade escolar, sobretudo os pais, temem que esta medida seja apenas o prenúncio do fechamento definitivo da escola a partir do segundo semestre do próximo ano letivo.

O Governo está avaliando a possibilidade de fechar as unidades da zona rural que não tiveram um número mínimo de alunos e eliminar distorções com salas de aula com dois alunos. O objetivo é reduzir o número de professores contratados, que hoje supera o de concursados.

No Assentamento São Pedro já há uma mobilização liderada pelo casal Celino e Silvana, que tem um filho matriculado na escola, para fazer um abaixo-assinado e tentar convencer o prefeito Marcelo Ascoli a rever a medida. Não se descarta a possibilidade de uma manifestação em frente do Paço Municipal no início de 2018.

A Secretaria Municipal de Educação garante que os alunos e funcionários não serão remanejados para a nova escola que fica 13 quilômetros distantes da atual. Eles continuarão estudando no mesmo local, só que com a manutenção de turmas multisseriadas, medida já adotada no segundo semestre do atual ano letivo como forma de baratear custos. O argumento é de que havia classes com dois ou três alunos, número insuficiente para justificar a manutenção da turma.

A extinção da escola, que tem 64 alunos matriculados, que atenderia como extensão, dispensaria a necessidade da nomeação de um diretor e um de coordenador específico para atuar na unidade. O trabalho destes servidores seriam absorvidos pela diretora e a coordenadora da Darcy Ribeiro que acumulariam as funções.

Para dona Silvana Nantes, se de fato os alunos tiveram que estudar no Capão Bonito 1, vai dificultar ainda mais o acesso das crianças, que terão de percorrer uma distância de 13 quilômetros (conforme a localização do lote onde sua família mora).

As estradas são precárias, com trechos intransitáveis por erosão, o que tem provocado estragos constantes nos ônibus do transporte escolar. Nestas ocasiões, os alunos são levados em kombis lotadas, com risco maior de acidente.

Ela critica a decisão da Prefeitura de fechar salas de aula, colocando numa turma, com apenas um professor, crianças de três séries diferentes (1ª, 2ª e 3º ano, por exemplo), o que dificulta a aprendizagem. “Meu filho, que fez o 3º ano, enfrentou muitas dificuldades e por pouco não reprova. Teve que fazer aulas de reforço”, informa.

O vereador Edno Ribas questiona o argumento de que a extinção da escola (transformada em anexo) traga de fato economia. "A estrutura administrativa continuará a mesma, com funcionários administrativos, além dos gastos de manutenção do prédio", explica.