Rompimento com Edil: Puccinelli colhe o que planta, dizem lideranças políticas

Na avaliação de lideranças da oposição e até da base aliada, o governador André Puccinelli (PMDB) está colhendo o que plantou com a crise aberta em seu grupo político. Na tarde de ontem, Edil Albuquerque (PMDB) anunciou ruptura com o governador e Murilo Zauith (DEM) acenou que pode não mais concorrer ao Senado. Petistas e pedetistas avaliam que a turbulência tem relação com o comportamento do governador: “centralizador e autoritário”.

Já na base aliada há quem avalie que Puccinelli provocou uma quebra de confiança com lideranças de seu grupo político o que provocou a rebelião de nomes expressivos. Uma liderança mencionou que Edil, por exemplo, foi empurrado de “projeto em projeto” até que a confiança se esgotou. De fato, Edil deixou a Secretaria de Desenvolvimento da Prefeitura da Capital para concorrer a deputado estadual e depois aceitou a suplência atendendo a um pedido de André.

Veja o que as lideranças disseram:

Marquinhos Trad: “Sempre se colhe o que plantou”, disse o deputado ao ser abordado na manhã de hoje na Assembleia Legislativa.

O deputado lembrou que, no PMDB, Edil não é o primeiro a anunciar ruptura com o governador. Ele citou o discurso do senador Valter Pereira (PMDB) que chegou a ameaçar deixar o partido. O senador recuou da desfiliação, mas anunciou rompimento político com Puccinelli.

Dagoberto Nogueira - O deputado federal Dagoberto Nogueira, do PDT, pré-candidato ao Senado pela aliança costurada com o PT, disse nesta manhã, de Brasília, que até o final da campanha o governador André Puccinelli estará sozinho, sem aliados. O comentário tem a ver com as recentes baixas anunciadas do lado do peemedebista, que teria perdido o apoio do senador Valter Pereira, do vice-prefeito de Campo Grande, Edil Albuquerque, ambos do PMDB e do vice-governador Murilo Zauith, do DEM. “Até o fim da campanha ele [André] estará sozinho. Também, quem tem o comportamento como ele, não é?”, disse o parlamentar.

Zeca do PT - Zeca do PT, disse que acredita que haverá mais rupturas de políticos com o pré-candidato do PMDB. Sobre Puccinelli, o pré-candidato do PT disse também que a “máscara está caindo” e que “ninguém pode enganar a todos por todo tempo”. Sobre a postura de Puccinelli com seus aliados, Zeca do PT afirmou que o pré-candidato do PMDB é “autoritário, personalista e centralizador”. Para completar, o petista afirmou que “André não tem amigo, não tem companheiro, mas que quer serviçal”.

Silêncio

Delcídio – O senador Delcídio do Amaral (PT), por meio de sua assessoria informou ao Midiamax que prefere não comentar o mais novo episódio de ruptura dentro do PMDB, principal adversário de seu partido nas eleições deste ano. Até agora, ele foi a única liderança que não quis se posicionar sobre o assunto.

(Colaboraram: Valdelice Bonifácio, Celso Bejarano, Paulo Xavier e Jacqueline Lopes)

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