Sidrolandia
Silicone aumenta e levanta o bumbum
Além de melhorar a parte estética, ele dá um up na sua autoestima
Hélio Martins/Minha Saúde
13 de Abril de 2010 - 08:43
Conquistar um bumbum redondo e durinho não depende exclusivamente da academia. Muita gente recorre ao implante de silicone para ficar com esta região do corpo digna de capa de revista.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o Brasil é campeão no ranking de implantes de silicone no bumbum com 21% de procura, ultrapassando a lipoaspiração - antiga líder em número de procedimentos. E o interesse pela cirurgia não é exclusivo da ala feminina, os homens também buscam o procedimento:
"não é um boom no número de casos, mas existe um crescimento considerável por este procedimento entre os homens", explica o cirurgião plástico Marco Túlio.
A cirurgia
Existe duas maneiras de se fazer a cirurgia de silicone no bumbum . A primeira é usar, além da prótese, a própria gordura corpórea do paciente para favorecer o preenchimento.
Dessa forma, coloca-se uma prótese de silicone menor e completa-se o restante com a própria gordura da paciente. Mas, se a pessoa é magra demais e não pode passar pelo processo de reinserção, coloca-se uma prótese mais volumosa.
"Em geral, optamos pela cirurgia mista em que há o implante da prótese juntamente com a redistribuição de gordura corpórea, colocando a gordurinha que está sobrando em alguma outra parte do corpo na região do bumbum. São 70% de gordura e o restante de silicone", explica o cirurgião.
Qual é a prótese adequada?
As próteses usadas no bumbum são diferentes das colocadas nas mamas em função da maior exposição a perigos. Elas são mais rígidas e espessas. "As próteses são mais firmes e o silicone é mais denso para evitar que haja qualquer vazamento. Por ser mais resistente, se acontecer de rasgar, o silicone não espalha já que é grosso, evitando complicações maiores no pós-cirúrgico", explica.
Restrições
O implante de silicone nos glúteos apresenta restrições tanto em relação ao material usado quanto à saúde do paciente. "Se o paciente apresenta alguma doença autoimune, como o diabetes ou o lúpus, doenças de colágeno, como a esclerodermia, ou, pressão alta e disfunções intestinais, é melhor evitar a cirurgia, pois, haverá maior dificuldade de cicatrização e grande risco de contaminação em função da vulnerabilidade da área", explica Marco.
"Outra contra-indicação é em relação aos produtos usados no silicone: se a prótese for feita de um material que provoca rejeição do organismo como o polimetilmetalidrato, as reações do organismo podem ser graves na tentativa de expelir o produto do organismo levando a complicações como infecções e alergias graves", alerta.
Pós- operatório
Exige o maior cuidado. O recomendado é ficar ao menos 20 dias em repouso sentando sem apoiar a força do corpo nos glúteos e sem fazer esforço físico para não comprometer os pontos.
"O tempo ideal de recuperação é de dois meses, mas depois de 20 dias você já pode ter vida quase normal sem tantas restrições, porém, o uso de analgésicos potentes derivados de morfina é essencial por todo o período, já que o local da operação fica doloroso", explica Marco.
Possíveis complicações
Elas acontecem se o tempo ideal de repouso não for os cuidados básicos de higiene, pode haver complicações como infecções e necrose da região. "Como é um local de fácil contaminação todo o cuidado é pouco durante a recuperação. Promover a higiene adequada com água e sabonete e ter bastante cuidado com assentos de bancos e locais públicos no pós-operatório é fundamental", afirma o cirurgião plástico Marco Túlio.
Ficou a dúvida?
-Doenças autoimunes: como lúpus e diabetes se caracterizam pela rejeição do próprio tecido por parte do organismo do paciente.
-Doenças de colágeno: aquelas em que o paciente apresenta alterações na função do colágeno de sua pele, causando maior dificuldade de cicatrização e alergias. São exemplo deste tipo de doença a esclerodermia e dermatopolimiosite.